A Policia Civil do Estado de São Paulo divulgou na terça-feira (7) que identificou um adolescente de 15 anos como suspeito de postar comentários racistas sobre a jornalista Maria Júlia Coutinho na página do “Jornal Nacional” no Faceboook, na última quinta-feira (2).
Em nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) informou que o adolescente mora em Carapicuíba, na Grande São Paulo, e foi localizado na última segunda-feira. Ele foi ouvido pela Polícia e liberado logo em seguida.
Para identificar os envolvidos no ataque, os policiais rastrearam as mensagens ofensivas e fizeram buscas em redes sociais. O Decradi também solicitou dados cadastrais e números de IPs ao Facebook. O órgão ainda trabalha na identificação dos perfis que fizeram os ataques.
A pena por injúria racial é de dois a cinco anos de prisão e multa. No caso do adolescente, se sua participação no crime for confirmada, ele responderá por ato infracional, podendo ser punido com alguma medida socioeducativa a ser definida pela Justiça da Infãncia e da Juventude.
Ministério Público também investiga
O Ministério Público de São Paulo também abriu uma investigação para apurar o ataque sofrido pela apresentadora da TV Globo. “Já tivemos alguns casos semelhantes e fomos bem-sucedidos. É uma investigação. Vai depender muito do acesso que tivermos às informações e colaboração de pessoas que possam contribuir conhecendo quem praticou os crimes”, afirmou o Promotor de Justiça Criminal Christiano Jorge Santos ao UOL.
Além do órgão de São Paulo, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) támbém abriu um inquérito e prometeu agir com “todo o rigor” para que os agressorres fossem punidos. “É um absurdo que esse tipo de atrocidade aconteça em pleno século XXI”, disse o promotor Marcio Mothé.
“Fico indignada, mas não esmoreço”
Apresentadora das notícias climáticas do “Jornal Nacional”, Maria Júlia ganhou espaço no noticiário para se manifestar sobre os ataques na última sexta.
“Estava todo mundo preocupado. Muita gente imaginou que eu estaria chorando pelos corredores. Mas a verdade é a seguinte, gente: Eu já lido com a questão do preconceito desde que eu me entendo por gente. Claro que eu fico muito indignada, triste com isso, mas eu não esmoreço, não perco o ânimo. Eu cresci em uma família muito consciente, os meus pais sempre me orientaram. Acho importante que medidas legais sejam tomadas, para evitar ataques a mim e a outras pessoas”, declarou.
Além do apoio dos colegas William Bonner e Renata Vasconcelos, âncoras do Jornal Nacional, Maria Júlia também recebeu suporte de espectadores, fãs e celebridades nas redes sociais. Na sexta-feira, após o “Jornal Nacional” divulgar um vídeo lançando a hashtag #somostodosmaju, o termo chegou aos Trending Topics, os assuntos mais comentados do Twitter.
Fonte: UOL.
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