Com a prisão de Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, e Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez pesam ainda mais as acusações contra Lobão, que pode ter sua participação minuciosamente apurada a partir dos depoimentos dos indiciados na Operação “Radioatividade”, que completou a 16ª fase da Lava Jato.
Segundo informações da polícia federal, um grupo de investigadores que apura o caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deve ir a Curitiba avaliar o material apreendido pelos colegas do Paraná em busca de provas para embasar inquéritos no STF. Edison Lobão, Raimundo Carreiro, e o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, foram acusados de suborno em delação premiada, mas negam as suspeitas.
Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, teria pago R$ 1 milhão para Lobão, afim de que houvesse ingerência política em favor dos interesses do consórcio responsável pelas obras da usina nuclear Angra 3. Pessoa ainda afirmou que Lobão teria indicado o nome de André Serwi, para receber o pagamento a seu favor. As negociações da propina aconteceram em 2014, durante reuniões entre os meses de maio de julho.
As investigações no Paraná terão uma única diferença em relação a já realizada em Brasília, pois alguns dos envolvidos tem coro privilegiado no STF e só podem ser alvo de inquérito na capital federal. O que não deve impedir uma nova fase da operação que vem desmanchando um forte esquema de corrupção no país.
Fonte: Neto Ferreira.
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