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José Reinaldo volta a defender pacto, sem dizer o que fazer com a sujeira do governo Roseana

Sarney: o poderoso chefão sem o qual, segundo o ex-governador José Reinaldo Tavares, o Maranhão não conseguirá sair da pobreza
Sarney: o poderoso chefão sem o qual, segundo o ex-governador José Reinaldo Tavares, o Maranhão não conseguirá sair da pobreza
Tenho o maior respeito pelo ex-governador José Reinaldo Tavares, mas sinceramente falta-lhe discernimento entre  as circunstâncias que levaram-no a romper com a família Sarney e o enfrentamento político, que marcou várias gerações.
No seu segundo artigo sobre o pacto com Sarney, mais uma vez não fica claro o que o velho oligarca levará em troca.
É aí o nó da questão.
Ninguém duvida do poder de Sarney, ex-presidente da República, presidente do Senado por três vezes e o político mais experiente em atividade no País, aliado do regime militar ao governo de um torneiro mecânico, Luís Inácio Lula da Silva.
Nesse aspecto, a proposta de José Reinaldo é mais do que óbvia, pois o apoio de Sarney poderia ajudar em muito o Maranhão.
O problema é que não se sabe – tão pouco José Reinaldo diz – o preço desse apoio.
Ao propor um pacto, o ex-governador nos leva a entender que o governo Flávio Dino persegue Sarney e com ele não quer conversa.
É como se vivêssemos em um estado de exceção, sob a égide de um governo fundamentalista que promove o linchamento moral de Sarney em uma espécie de guerra religiosa, entre o bem e o mal.
Onde todos os atos do atual governo fossem fruto desse conflito, e não da responsabilidade em não compactuar com os crimes cometidos na recente gestão de Roseana Sarney.
Como se os desvios de dinheiro público revelados em auditoria só existissem por determinação de Flávio Dino !
O que não é o caso, embora não se saiba se ele investigaria com o mesmo afinco o governo que o antecedeu, se fosse de um aliado.
Mas aí seria problema moral dele.
Ainda em seu segundo artigo, o ex-governador José Reinaldo atribui-se o papel de maior combatente do antigo regime, afirmando que ninguém teria enfrentado Sarney mais do que ele, o que não deixa de ser verdade.
Mas que se diga que o seu enfrentamento foi pessoal, com consequências políticas, já que a melhor maneira de atingir Sarney, é retirando-lhe do poder.
As brigas pessoais resultam em reações agressivas e passionais, típicas das que envolvem todas e qualquer separação.
Em um famoso artigo publicado em seu jornal O Estado do Maranhão, Sarney comparou o ex-governador a Lázaro de Melo, afilhado e protegido que traiu Manuel Beckman.
É importante ressaltar que esse papel de maior combatente de Sarney, talvez lhe caiba na trincheira de quem tem mandato, pois não se pode esquecer Manoel da Conceição e tantos outros pegaram em armas contra o domínio sarneysista, sem necessidade de questões pessoais.
Será se essas não houvessem, o ex-governador teria rompido com a família?
Sobre as propostas de José Reinaldo para o pacto, elas não dependem de Sarney – embora ele possa contribuir para suas efetivações, bastando não trabalhar contra –  mas da bancada no Congresso Nacional. E do próprio Flávio Dino, que já revelou possuir articulação política no Distrito Federal, haja vista a quantidade de ministros que vieram ao Maranhão, nesses primeiros seis meses de governo.
Como não estamos em guerra, um pacto com Sarney serviria apenas para colocar a sujeira embaixo do tapete e os sujos longe das grades.
Me compre um bode, deputado!
Leia aqui o novo artigo de José Reinaldo.

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