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Governo do Estado e Prefeitura de São Luís realizam seminário sobre a síndrome de Guillain-Barré

O Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís uniram-se na realização do ‘Seminário de avaliação das síndromes neurológicas, com ênfase em síndrome de Guillain-Barré’ voltado à capacitação, no Maranhão, de profissionais que cuidam de pacientes com essa doença que pode se manifestar após uma infecção viral ou bacteriana. O evento, direcionado a diretores e profissionais de saúde de hospitais municipais, estaduais e federais, foi realizado nesta sexta-feira (24) no auditório do Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen).
Os profissionais envolvidos trabalham em hospitais como o estadual Dr. Carlos Macieira, municipais Djalma Marques (Socorrão I) e Clementino Moura (Socorrão II) e o Universitário Presidente Dutra, além de representantes de unidades de saúde particulares, gerentes das 19 regionais de saúde do estado e representantes do Conselho dos Secretários de Saúde do Maranhão (Cosems/MA),
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Superintendência de Vigilância Epidemiológica, alinhou com técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e diretores de hospitais das esferas públicas e privadas o que seria mais relevante ser abordado no seminário. Dentre os termas definidos, “Abordagem Epidemiológica das Síndromes Neurológicas, com ênfase em Síndrome de Guillain-Barré no Estado”, “Aspectos e diagnósticos terapêuticos” e “Protocolo de Dispensação de Imunoglobulina humana para Síndrome de Guillain-Barré”.
Foi apresentada aos profissionais uma nota técnica sobre a doença, que informa o protocolo de atendimento nos casos suspeitos e como é feito o procedimento correto de tratamento. Até o momento, foram confirmados, no Maranhão, 14 casos da síndrome, com três óbitos.
“O Guillain-Barré não é uma doença nova. Já fazíamos a vigilância das paralisias flácidas agudas, dentre as quais a dessa síndrome. No entanto, tem se ouvido falar mais dela devido ao aparecimento de uma quantidade maior de casos. A síndrome é precedida de doenças virais”, explicou a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Léa Márcia Costa.
O Estado ampliou a faixa etária de vigilância que, antes, era feita com menores de 15 anos. Dos 14 casos identificados, todos foram de pessoas maiores de 15 anos e oito confirmaram manifestação viral anterior a síndrome. “O objetivo é esclarecer o que é o Guillain-Barré, como se reconhece a doença, para onde encaminhar esses pacientes e como é feito o atendimento desses casos”, afirmou a superintendente.
Na esfera estadual são referências o Hospital de Alta Complexidade Dr. Carlos Macieira, em São Luís. No município de Presidente Dutra é o Hospital Regional de Urgência e Emergência; em Coroatá, o Hospital Macrorregional; e em Imperatriz, o Hospital Regional Materno Infantil. Na gestão estadual, mas só que de responsabilidade da Secretaria de Gestão e Previdência (Segep) é disponibilizado, aos servidores do Estado, o Hospital do Servidor HSLZ, em São Luís.
Seminário sobre a síndrome de Guillain-Barré reúne profissionais de saúde (2)
O superintendente de Assistência Farmacêutica da SES, Sandro Monteiro, ressaltou que o Maranhão dispõe do medicamento, a imunoglobulina, específico para o tratamento. “O estoque é de 2.610 frascos, suficiente para atender a demanda”.

Foi realizada uma reunião com os farmacêuticos das principais unidades de saúde, do estado e município, e montada uma central de atendimento, o que vai facilitar a distribuição quando necessária. A medicação está disponível na Farmácia Estadual de Medicamentos Excepcionais (FEME) e é dispensada aos pacientes sempre que solicitado pelos hospitais.
Um frasco de imunoglobulina custa R$ 2.240. O peso do paciente determina a quantidade necessária para cada caso. Quem tem cerca de 70 quilos precisa de 28 frascos do medicamento para tratamento intensivo de uma semana.
O gestor regional de Saúde de Chapadinha, Alex Marinho, falou da importância da convocação das regionais para o seminário. “A população e os profissionais precisam estar bem informados sobre o que é aparentemente novo na questão da saúde. Todos estavam sem muito conhecimento dessa síndrome e nesse momento, profissionais e gestores tem acesso a esclarecimento e tem condições de desempenhar o procedimento correto relacionado à doença”.
Síndrome de Guillain-Barré
Os principais sintomas da doença são fraqueza muscular, formigamento, desequilíbrio e paralisia. Os sintomas normalmente começam pelas pernas, podendo em seguida irradiar para o tronco, braços e face.

A síndrome pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando apenas leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos quatro membros em outros. A doença tem cura, mas precisa ser tratada no início.
O principal risco está nos casos em que há acometimento dos músculos respiratórios e da face, provocando dificuldade para respirar, engolir e manter as vias aéreas abertas. Nesse último caso, a síndrome pode levar à morte por insuficiência respiratória.
Procurar um hospital, imediatamente, assim que surgirem os primeiros sintomas da síndrome de Guillain-Barré é uma das principais orientações da secretaria.
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