Em troca de farpas com a candidata do PSB, Marina Silva, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi dura: "Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você entende, me sustentando". Dilma fazia referência ao fato de Maria Alice (Neca) Setubal, herdeira do Itaú, integrar a coordenação de campanha de Marina. A petista pode até não estar mentindo se a frase for lida literalmente. No entanto, se Dilma não é sustentada por banqueiros, sua
O Olho Neles foi conferir a prestação de contas da candidata para saber o que representa o poder dos bancos em suas receitas, como também nas dos principais concorrentes. Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), por exemplo, receberam R$ 2 milhões do Itaú cada um (no caso dela o dinheiro foi repassado quando o candidato era Eduardo Campos). Dilma ainda não recebeu, ou ainda não declarou, embora o banco prometa que também fará o aporte idêntico a ela. No entanto, uma eventual negativa do Itaú não tira os banqueiros da campanha da presidente. Só o BTG Pactual, em duas parcelas, doou R$ 3,25 milhões à candidatura. Por meio de uma distribuidora de títulos e outros valores mobiliários, investiu mais R$ 1,25 milhão e, através de sua corretora, outros R$ 2 milhões, totalizando R$ 6,5 milhões. O Bradesco, através da Bradesco Capitalização, repassou outros R$ 3 milhões. Em suma, banqueiros, por meio de suas empresas, doaram R$ 9,5 milhões à candidata do PT.
Além disso, a direção nacional do partido recebeu diversas doações do BTG Pacutal, do Banco Safra e do Bradesco, através dos braços de Leasing e Vida e Previdência. No total, os recursos dessas empresas para o PT totalizaram R$ 4,175 milhões.
O comitê dos adversários também recebeu recursos. No PSB, o comitê único recebeu R$ 1 milhão do Bradesco, R$ 10 mil de João Moreira Sales, do Itaú Unibanco, e R$ 200 mil de Maria Alice Setubal, herdeira da empresa.No total, o PSB ficou, portanto, com R$ 1,21 milhão vindo de instituições financeiras.
No caso do PSDB, o comitê único recebeu R$ 700 mil em duas parcelas do banco mineiro BMG. Já a direção nacional recebeu R$ 2,4 milhões do BTG Pactual, R$ 3,7 milhões do Bradesco, por meio dos braços de previdência e leasing e R$ 900 mil do Banco Safra e de seus braços controlados. No total, o partido recebeu, portanto, R$ 7,7 milhões de banqueiros.
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