Por Isaías Rocha
O Maranhão ainda pode ser considerado um lugar de extremos. Em uma era marcada pelos avanços tecnológicos, o Estado consegue acompanhar, em parte, esse processo, contudo, ao mesmo tempo, mantém um problema secular à mostra: as precárias construções com suas paredes externas feitas de taipa.
De acordo com o Censo 2010, 339.097 domicílios maranhenses eram desse tipo, conforme o IBGE. O resultado classificou o Maranhão como a última unidade da Federação com mais edificações desse tipo. Outro estado nordestino, o Ceará, ocupa a segunda posição com 93.847 domicílios construídos nessas condições.
O ex-prefeito de Santa Rita, o médico Hilton Gonçalo (PDT), constatou essa triste realidade quando visitou essa semana, a Vila Fé em Deus, povoado no extremo dos municípios de Mata Roma, Anapurus e Urbano Santos, na região do Baixo Parnaíba. Gonçalo que, quando foi prefeito de Santa Rita, conseguiu erradicar esse tipo de moradia na cidade, demonstrou preocupação com a quantidade dessas casas que ainda existem no interior maranhense.
"As casas feitas de barro que ainda hoje servem de moradia para centenas de milhares de maranhenses estão no centro de uma questão de saúde pública. São mais de trezentas mil famílias no estado que ainda vivem nessas condições subumanas e estão expostos às doenças", informou Gonçalo.
Para finalizar, o pedetista destacou o trabalho do Governo Federal por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, executado em parceria com as prefeituras, mas afirmou que, apesar do Maranhão ainda possuir um dos maiores contingentes de moradias de taipa, o programa ainda não conseguiu transformar essa realidade. "O Maranhão ainda enfrenta muitos problemas com moradia de taipa. Estes locais não possuem esgoto e nem saneamento, as famílias estão sujeitas a conviver com muitos bichos e insetos por causa das paredes, como ratos e baratas", relata Gonçalo.
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