A partir dos primeiros registros fonográficos aos dias atuais. O objetivo é expressar parte da história da música popular maranhense e sua diversidade
Atraindo mais uma vez a atenção dos maranhenses e admiradores, o Projeto intitulado “Viva A Grande Musica do Maranhão” visa resgatar a memória musical do Estado, valorizando e registrando a dinâmica sociocultural do movimento musical ao longo dos quatrocentos anos, de acordo com o idealizador do Projeto, Nan Souza.
Segundo ele, o produto final do projeto, CD reunindo esse acervo, será distribuído para diversos espaços de difusão de conhecimentos musicais e de pesquisas no ramo, como universidades, escolas de música, museus, entre outros, com ampla divulgação em mídias nacionais e internacionais, no intuito de expandir o alcance da história da música maranhense.
O título do projeto é o reconhecimento ao grandioso trabalho de pesquisa do padre João Mohana, intelectual e pesquisador musical que catalogou mais de três mil obras encontradas em todo o território maranhense, resultando no mais valioso acervo musical do Meio-Norte brasileiro. “Nada mais justo do que simbolizar os 400 anos de fundação da cidade de São Luís com um dos seus tesouros mais preciosos, a nossa produção musical”, observa Nan. O projeto Viva a Grande Música do Maranhão foi aprovado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet e contou com o patrocínio da Vale.
Projeto
O Projeto está fundamentado no trabalho de pesquisa do maestro Alberto Dantas, que subsidiou sua tese de doutorado, baseada na história da vasta produção musical maranhense. O maestro buscou ainda material de pesquisa no arquivo público do estado, Torre do Tombo Portugal, Biblioteca Nacional de Lisboa, Biblioteca Britânica - Londres, Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, Biblioteca Benedito Leite e Biblioteca da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Dessa forma, três períodos estão sendo trabalhados: período imperial; de Catulo da Paixão Cearense até os dias atuais; e contemporâneo (Festival de Música Viva 400). O primeiro diz respeito ao período imperial, quando o talento, dos irmãos Rayol, Leocádio (compositor), Alexandre (violoncelista e barítono) e Antônio Royal (compositor e tenor, autor da melodia do hino do Maranhão), e de Francisco Libânio Solás, Vicente de Ferrer Lira e outros compositores, que se destacaram pelo valor de suas obras.
Além das pesquisas, o Projeto que conta a história da música maranhense se deu com a formação da Orquestra Viva 400, composta por um octeto vocal de renome internacional de São Paulo, músicos da Escola de Música do Maranhão e da Orquestra Filarmônica da Paraíba, cuja regência e assinatura musical são de Alberto Dantas. A partir dessa formação, houve apresentações em vários locais, a exemplo da Igreja da Sé, que serviu de cenário para a gravação do DVD. O repertório fará parte de quatro livros, em edição especial, com registros históricos e transcrição das partituras originais das obras.
Já o segundo período, compreende a época dos primeiros registros fonográficos a partir de Catulo da Paixão Cearense – grande poeta e músico maranhense, autor de “Luar do Sertão” – até os dias atuais. Nesta etapa, o Projeto consiste em resgatar as 400 músicas mais marcantes, de acordo com a manifestação popular por meio do site www.projetosviva.com. Nele, constam sugestões musicais, como opção, mas cada um pode sugerir as suas preferidas. A partir das músicas escolhidas, será produzido um CD, a ser lançado ainda este ano, 2013. A votação no site estará disponível até o dia 31 de julho.
O terceiro momento consiste nas expressões contemporâneas dos compositores, intérpretes e músicos que participaram do Festival de Música Viva 400, promovido pelo Convention & Visitors Bureau, que premiou os 10 primeiros vencedores. As músicas interpretadas na ocasião, ao vivo, farão parte do CD e DVD, já em processo de fabricação.
De acordo com Nan Souza, todas essas iniciativas são uma síntese da história dos 400 anos, contada em música, em seus vários momentos e modalidades, demonstrando a diversidade cultural maranhense.
CVB
O Convention & Visitors Bureau (CVB) é uma fundação privada e sem fins lucrativos. A instituição, fundada na cidade americana de Detroit, existe desde 1896, e atualmente existem mais de 4000 escritórios espalhados nos países de maior expressão turística mundial. Sua finalidade é promover e divulgar a cidade onde se instala, trazendo para si o maior número possível de congressos, convenções e eventos em geral, nacionais e internacionais.
Na capital maranhense, a instituição foi fundada em setembro de 2005, sendo designada em estatuto por Fundação São Luís Convenções e Eventos, mas utilizando o nome em inglês, como prática no mundo inteiro para efeitos promocionais. Sua finalidade primordial é estimular e incrementar o desenvolvimento das potencialidades turísticas da cidade e outros destinos turísticos do Estado do Maranhão, através de ações variadas, como realização e promoção de congressos e eventos culturais, técnicos e científicos, além de atuar como órgão de apoio aos programas e projetos públicos e privados de desenvolvimento do turismo.
SERVIÇO
O que? Escolha das 400 composições populares que farão do material da segunda fase histórica da “Grande Música do Maranhão”
Quem? O público geral terá a oportunidade de escolher suas obras preferidas, entre os títulos musicais disponíveis no site, no link “As 400 Mais”
Quando? Até o dia 31 de julho.
FESTIVAL VIVA 400: SOLENIDADE DE PREMIAÇÃO
Após cinco eliminatórias e uma grande final, o Festival Viva 400 realiza, nesta quinta-feira (27), às 18 horas, no Brisamar Hotel, a solenidade de premiação dos artistas vencedores. Na finalíssima, que aconteceu no dia 7 de dezembro, dez canções disputaram o primeiro, segundo e terceiro lugares, além dos prêmios de melhor música e de melhor intérprete.
Rosa dos Ventos, de Bruno Batista foi a grande vencedora desta edição do Festival. Em segundo lugar, ficou Os Milagres, de Erasmo Dibell; em terceiro,Fornalha, de Clauber Martins. Como houve empate na categoria Melhor Intérprete, o prêmio foi dividido entre Cláudio Lima e Tony Soubler.
O público também escolheu sua canção favorita, votando em urnas eletrônicas instaladas no Ceprama, local onde ocorreu a finalíssima. A músicaRaizes, de Roberto Rafa, foi a mais votada, recebendo o prêmio de Melhor Canção pelo júri popular.
Além de concorrerem a uma premiação de sessenta mil reais, os dez artistas que disputaram a grande final participaram da gravação “ao vivo” do CD e do DVD do Viva 400, sob a direção musical do maestro Zé Américo, que recentemente ganhou o Grammy Latino. As canções receberam arranjos dos maestros Jayr Torres, Marcos Lussaray, Henrique Duailibe, Edinho Bastos e Luís Júnior. Os artistas foram acompanhados de uma banda composta por onze músicos instrumentistas. O Cd e o DVD estão em fase de mixagem e masterização e deverão ser lançados até o mês de abril de 2013.
O Festival Viva 400 é uma realização do São Luís Convention&Visitors Bureau, com patrocínio da Vale e apoio do Banco da Amazônia, como parte do calendário das comemorações pelos 400 anos de São Luís. O evento tem o objetivo de incentivar a cultura musical do Maranhão, buscando revelar talentos e contribuir para a valorização de músicos, compositores, arranjadores e intérpretes.
Ao todo, foram inscritas mais de 400 músicas nos mais variados temas, gêneros e estilos, passando pelo pop, reggae, baião, xote, hip-hop, balada, toada, samba, afro-samba, afoxé, crioula, até música clássica. Uma comissão de pré-seleção foi encarregada de selecionar as 50 melhores canções para concorrerem no Festival, em cinco eliminatórias, seguindo os critérios de originalidade, criatividade, riqueza melódica e harmônica, letra e ineditismo. Cada compositor teve direito a inscrever até três canções, mas com intérpretes diferentes.
Na solenidade de premiação dos vencedores, serão distribuídos R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) em prêmios, sendo R$ 18.000,00 para o 1º classificado, R$ 12.000,00 para o segundo, R$ 8.000,00 para o terceiro e R$ 7.000,00 para a canção mais votada pelo júri popular. Os melhores intérpretes vão dividir o prêmio de R$ 5.000,00. Os dez compositores finalistas receberão o prêmio de incentivo no valor R$ 1.000,00 (hum mil reais). No coquetel de premiação, também serão conferidos certificados aos jornalistas e colaboradores que contribuíram para a divulgação e o sucesso do festival.
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