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Duplicação da BR-135 sofre ameaça de paralisação

O consórcio  Serveng/Aterpa, responsável pela obra de duplicação da BR-135, ameaça paralisar os serviços, caso a greve do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) se estenda por mais dias. Por causa da paralisação, que já completou 15 dias, as últimas medições da obra não foram realizadas ainda. Apenas quando forem feitas as empresas poderão receber o pagamento da obra já executada.
As medições dos serviços realizados no mês de junho, que já deveria ter acontecido entre os dias 1 e 10 deste mês, já tiveram o prazo expirado. Apesar da possibilidade de não receber o pagamento, o consórcio continua trabalhando normalmente.
Segundo o chefe de Operações do DNIT no Maranhão, Glauco Henrique Ferreira da Silva, ainda não existe nenhum posicionamento oficial por parte do consórcio Serveng/Aterpa, que atua nas obras de duplicação e restauração da rodovia, de paralisar a obra. Mas esse risco não está descartado.
“O consórcio não acredita que a greve vai durar mais dias. Assim, as medições poderão ser feitas logo, mas existe o risco de os serviços serem paralisados, atrasando o cronograma de obras”, explicou Glauco da Silva. Segundo ele, ainda não há nenhum indicativo para o fim da greve do DNIT. “Hoje [ontem], teremos uma plenária para discutir estratégias, mas não tivemos nenhuma deliberação”, comentou.
O superintendente regional do DNIT no Maranhão, Gerardo Fernandes, afirmou que mesmo que os fiscais maranhenses quisessem realizar a medição nas obras de duplicação, eles não conseguiriam concluir o serviço. Ele ressaltou que os dados devem ser atualizados em um sistema eletrônico administrado pela direção do DNIT, em Brasília. “A greve, com certeza, pode atrasar um pouco o cronograma das obras”, observou Fernandes.

Avanço - De acordo com o último balanço divulgado pela Superintendência Regional do DNIT, a obra já tem um avanço de 10% de seu planejamento. A duplicação está em fase de colocação das colunas de britas que vão sustentar a via e servirão para expulsar a água e dar firmeza ao terreno.
Devido às chuvas ocorridas no primeiro semestre, o avanço das obras ficou comprometido. Ontem, um dos trechos que já recebeu as máquinas estava com os serviços paralisados. Um funcionário explicou que o motivo foram as chuvas que tem caído na capital nos últimos dias.
A duplicação da BR-135 será realizada em três etapas: a primeira vai da Estiva ao município de Bacabeira (28 quilômetros); a segunda será levada até o povoado de Entroncamento, com 44,6 quilômetros, e a terceira vai até o município de Miranda do Norte, com percurso de 31,7 quilômetros. A primeira parte do serviço, que deve se estender por 27,3 quilômetros da rodovia, intervalo que compreende Estiva, Bacabeira e Campo de Perizes.

Greve - A greve nacional do DNIT foi deflagrada no dia 25 de junho e não tem previsão para ser finalizada. Os servidores estão reivindicando reajuste de 30% a 40% do salário, equiparação salarial e reestruturação na carreira. A greve foi deflagrada em todas as superintendências e unidades do órgão em todo o país.
Com a paralisação de obras, os servidores do DNIT querem forçar o Governo Federal a atender à pauta de reivindicações da categoria. No Maranhão, além da superintendência do órgão, localizada na Avenida Beira-Mar, estão parados os servidores das unidades locais do DNIT em Pedrinhas, Caxias, Imperatriz e Barão de Grajaú.

Números

20% do levantamento do terreno já foi realizado pelo DNIT
27,3 quilômetros é a extensão da primeira etapa da duplicação da BR-135.

Com informações do Folha Maranhão.
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