BACABEIRA (MA) - Deputados estaduais protocolaram na última Quinta-feira (23), o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a compra e venda de ativos no exterior da Petrobras e a real situação das refinarias que a empresa está construindo.
O pedido de CPI foi feito pelos deputados Leonardo Quintão, do PMDB de Minas Gerais, Carlos Magno, do PP de Rondônia, e Maurício Quintela Lessa, do PR de Alagoas. Os deputados conseguiram o apoio de 199 deputados, 28 a mais do que o mínimo necessário de 171 assinaturas.
O requerimento ainda depende de análise do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, sobre a existência, ou não, de fato determinado a se investigar. No entanto, caso seja instalada, os trabalhos vão mostrar, dentre outras coisas, as irregularidades como a apurada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na obra de construção da Refinaria Premium de Bacabeira, no Maranhão. A auditoria apontou um superfaturamento de quase R$ 90 milhões.
O deputado federal Simplício Araújo (MD-MA), vice-líder da Minoria na Câmara, disse esperar que a CPI da Petrobras não seja apenas um movimento de insatisfação da base aliada do governo. Mesmo que o pedido de investigação da empresa seja uma queda de braço entre o PMDB e o PT, os maiores partidos de apoio à presidente Dilma Rousseff, o parlamentar defende que a CPI seja instalada para apurar as supostos irregularidades praticadas nestes 10 anos da administração petista.
“Vamos lutar para essa CPI seja instalada. Está na hora de abrir a caixa-preta da Petrobras, para investigar, inclusive, o uso político nestes últimos anos. As apurações vão mostrar todas irregularidades e a falta de transparência no comando da Petrobras”, afirmou Simplício.
A mobilização pela abertura de investigação da empresa está sendo vista como retaliação dos partidos governistas, que estão insatisfeitos com o tratamento recebido pelo Palácio do Planalto. O corte de verbas, principalmente nos ministérios comandados pelo PMDB, legenda que, junto com o PT, dá maior sustentação ao governo no Congresso Nacional.
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Renato Viana Waquim
Esse Simplício é do Maranhão? Tá se achando! Aliás, me lembrou esse negócio de Rosário pedir empréstimo para o Banco Mundial. Vamos voar baixo, gente! O tombo é menor.
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