Cientista sanitário Lúcio de Macedo se preocupa com a situação e chama atenção, sobretudo porque o grande fluxo de carros na BR-135.
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O Aterro da Ribeira, maior lixão exposto de São Luís, para onde é levada a maior parte do lixo produzido pela população da capital maranhense, já tem prazo para fechamento, em 2014. O local apresenta uma das maiores populações de urubus, que transformou o ecossistema no entorno, criando ninhos e multiplicando-se. O espaço fica a menos de 20 quilômetros do Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) tem registrado cada vez mais frequentemente acidentes envolvendo aves e aeronaves. Em fevereiro deste ano, um avião teve a decolagem abortada porque um urubu entrou em uma turbina. O avião, da TAM, estava saindo de São Luís com destino a Brasília.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) tem registrado cada vez mais frequentemente acidentes envolvendo aves e aeronaves. Em fevereiro deste ano, um avião teve a decolagem abortada porque um urubu entrou em uma turbina. O avião, da TAM, estava saindo de São Luís com destino a Brasília.
Porém o fechamento do Aterro da Ribeira não responde apenas a esse problema da proximidade com o aeroporto. Depois de atingir sua capacidade máxima e com a instauração da Lei nº 12.305/2010, que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e determinou o fechamento de todos os lixões a céu aberto no território brasileiro, a única saída da Prefeitura de São Luís ainda durante a gestão de João Castelo foi decidir pelo fechamento.
Os resíduos da construção civil são utilizados para a cobertura do lixo orgânico no Aterro da Ribeira. Contudo, a Prefeitura informou que será construída uma usina de reciclagem para o tratamento desse tipo específico de lixo, cujos derivados serão revendidos para empresas de construção civil.
A informação foi confirmada ainda no ano passado, com a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, estabelecido em audiência pública pelo Município. Anteriormente, no início de 2010, a Prefeitura de São Luís havia anunciado uma ampliação do Aterro da Ribeira, que deveria ganhar mais 15 hectares para área de tratamento de lixo e custar R$ 15 milhões aos cofres públicos. Contudo, a intenção causou celeuma judicial. O serviço foi impedido por meio de processos movidos pelo Ministério Público Estadual, que aconselhou a transferência do lixão para outra área.
Com a impossibilidade de expansão do aterro e a determinação do
Governo Federal de fechamento de todos os lixões a céu aberto, restou a Prefeitura de São Luís elaborar um plano que já previsse a instalação de uma unidade de tratamento de lixo fechada. A primeira solução foi iniciar a instalação da unidade de tratamento de lixo no município de Rosário, pretensão que tem sido continuada pelo atual prefeito de São Luís.
Governo Federal de fechamento de todos os lixões a céu aberto, restou a Prefeitura de São Luís elaborar um plano que já previsse a instalação de uma unidade de tratamento de lixo fechada. A primeira solução foi iniciar a instalação da unidade de tratamento de lixo no município de Rosário, pretensão que tem sido continuada pelo atual prefeito de São Luís.
A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou, por meio de nota, que o Aterro da Ribeira, depois da instalação da nova unidade de tratamento de lixo em Rosário, vai se tornar uma espaço de compostagem de resíduos sólidos. Tal intenção foi questionada pelo engenheiro sanitário Lúcio Alves de Macedo, que criticou a ação.Segundo ele, a conservação de unidade de compostagem de resíduos no local manterá a grande população de urubus na área, o que continuará a causar colisões entre aves e aviões que decolam e aterrissam no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado.
Transporte - Uma das preocupações demonstradas pelo engenheiro sanitário Lúcio de Macedo com a unidade de tratamento de lixo em Rosário, trata-se do transporte dos resíduos coletados nas ruas de São Luís. O grande fluxo de carros na BR-135, única saída por terra da capital, pode atrasar e elevar os custos da coleta acima do necessário.
Macedo acredita que o empreendimento depende primeiramente da duplicação da BR-135, que tem sido conduzida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura do Trânsito (DNIT). Ele propôs, em audiência na última segunda-feira, dia 29, na Câmara Municipal de Vereadores, a instalação de estações aquaviárias de transbordo, para ajudar na coleta de lixo em toda a cidade.
"Por meio do mar, temos uma chance de acelerar o processo de transporte de lixo. Propus a criação de três unidades secundárias - uma delas no São Francisco, outra no Bairro de Fátima e uma em São José de Ribamar - ligadas a uma estação de transbordo maior, próxima à Estiva. Com isso, tornaríamos o trabalho mais célere, por utilizar um espaço de transporte pouco aproveitado na cidade, nossos rios e mares", explicou o sanitarista.
Alternativas - Para solucionar os problemas dos lixões no entorno da área urbana de São Luís, a Semosp anunciou que já autorizou a construção de ecopontos (estações de pequena carga para recebimento de resíduos sólidos) a serem distribuídos estrategicamente em diversos bairros da cidade. Serão construídos 40 ecopontos, cuja construção imediata de 20 unidades já foi ordenada.
Para o engenheiro sanitário Lúcio de Macedo, as unidades mostram resultado eficiente porque podem funcionar ainda como pontos de tratamento, reciclagem e coleta. Ele acredita que são necessários diversos pontos como esses, instalados em cada bairro de São Luís. "Com unidades menores, que podem ser utilizadas para oferecer serviços de reciclagem, a coleta em São Luís poderá atingir um padrão que se assemelha ao de Fortaleza, no Ceará, que fechou todos os seus lixões nos últimos dois anos", explicou Macedo.
A conclusão do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico que abrange os assuntos referentes ao esgoto, água, resíduos sólidos e drenagem ocorrerá até junho, quando serão realizadas audiências públicas, segundo informou a Semosp. A Prefeitura ainda garantiu que, até 2014, a nova unidade de tratamento de resíduos sólidos em Rosário entrará em funcionamento.
Mais
A coleta de lixo em São Luís é realizada com máquinas e caminhões compactadores em toda a cidade. Para o melhor aproveitamento das equipes de trabalho, alguns trechos recebem coleta diária (praias, feiras, área central, área histórica e avenidas) e outro em dias alternados. Além disso, somente no mês de abril, a Prefeitura contratou 580 homens para os serviços de limpeza urbana.
Fonte: O Estado do Maranhão.
Agora pode né?
ResponderExcluirEstranho é o Silêncio de Irlahi, aliados e puxa sacos.
ResponderExcluirE agora aonde botar o lixo de Rosário? Que tal na prefeitura que já anda cheia de abutres de lixão? Não é Papai Paparica, Joaquim cara de pau, Luiz Orlando e demais garís mais bem pagos da cidade, todos eles hoje abrigados debaixo da saia da prefeitura.
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