Por Isaías Rocha
Depois de ficar sitiado por estudantes que protestaram contra sua eleição e virar alvo de uma petição com mais de 1,3 milhão de assinaturas que pediam sua renúncia, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) finalmente encontrou ontem um cômodo de aconchego no Congresso. No auditório Petrônio Portella, onde centenas de jovens estavam reunidos para a Convenção Nacional da Juventude do PMDB, Renan ouviu gritos que não eram de protesto, mas de exaltação ao seu nome. "Renan é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo"; "Renan, de novo, re-pre-sen-tan-do o povo!."
O secretário Municipal Extraordinário de Juventude e Meio Ambiente de Rosário, Valber Neto (PTB), foi um dos jovens que participaram da exaltação à Renan em Brasília. Ele foi flagrado na foto de Andre Dusek, do Estadão.
Em seu discurso, o senador relembrou aos participantes uma frase dita por ele dias atrás. "Sabe, gente, quando me perguntaram o que eu achava dos protestos ao meu nome (para presidir o Senado novamente), eu respondi que se eu fosse jovem também estaria participando desses protestos..." Recebeu aplausos e gritos de incentivo. "Porque há duas maneiras de se fazer política: uma é ficando de fora e a outra é participar, é entrar nos partidos", disse, criticando o "comodismo" dos que "ficam lá fora, reclamando".
Renan ainda assistiu ao presidente da Juventude do PMDB, Gabriel Sousa, reconhecer que faltou mobilização dos jovens militantes, que deveriam ter ido às ruas defender o senador. Após discursar, o parlamentar foi tietado. Ao passar pela porta do auditório, deixou para trás a candura e reassumiu o semblante fechado diante dos microfones e gravadores da imprensa.
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