A cultura popular brasileira movimenta milhões de reais nesta época, geram inúmeros empregos, os espaços urbanos dão lugares aos desfiles das brincadeiras de carnaval “Cultura mais popular de nosso país”, quando se aglutinam fantasias, adereços, nas mais diversas e irreverentes formas de manifestação popular. A vida pára ao alimentar a libido das composições musicais do Samba, do Pagode, das Marchinhas, etc. de tal forma que cada um de nós, neste período transpira musica de carnaval.
“Pelos quatro cantos do país, nas mais diversas formas de manifestação, cada região, cada estado, cada município, cada povoado, como se contaminados por uma epidemiade felicidades, explodem as ruas nestes três dias de folia pra brincar o carnaval.”
As pessoas mais velhas relatam com galhardia as brincadeiras dos velhos carnavais, dizendo que já não se faz carnaval como antigamente,o que faz-melembrar de uma das brincadeiras que meu pai contava que fazia todo carnaval, junto com seus amigos, tratava-se da “Dança do Peru”: Todos os anos eles escolhiam um peru entre suas criações e, durante cerca de seis meses antes do carnaval, todos os dias eles se reuniam debaixo do barracão da casa de farinha, para fazer uma roda de samba e treinar o peru para dançar; lá eles aqueciam o forno suavemente, daí começavam a cantar um pagode, ou um samba, ou uma marchinha de carnaval ao som somente do pandero, ao mesmo tempo em que soltavam o peru sobre a chapa de torrar farinha aquecida, a ave ficava saltitando de um pé para o outro numa harmonia de passos de dança. Com o tempo aquele peru ao ouvir as batidas do pandero já ficava saltitando mesmo sem está sobre a chapa aquecida do forno.
Durante os dias que antecediam o carnaval e durante os três dias, eles se vestiam de fofão e saiam pelas ruas de Rosário carregando o peru, brincando e apostando com todos que até aquele peru dançava contagiado pelo samba somente ao som do pandero.
É bem verdade que os novos tempos vão cedendo espaços para as inovações musicais, dos blocos carnavalescos, dos trios elétricos, das bandas de forró; contudo ainda devemos reconhecer que embora os bailes de salão tenham saído de moda, não há quem resista a um pagode num barzinho ou uma marchinha de carnaval.
A imensidão das diversas formas de brincar o carnaval desafia qualquer gestão municipal que se predispõe a investir na cultura popular, no meu município de Rosário, por exemplo, podemos detalhar como atrações carnavalescas os blocos Crocodilos, Traíras, Menino Lindo, Sapo Mania, Galo, Espaço Fama, Os enjoados, Caranguejo, Camaleão, Os Moscas do Bar, Boca Maldita, Curimatá, Três Ritmos, Turma do Mercado, Providência, Jenipapeiro, São Miguel, Cidade Nova, além do Bloco Afroreggae e as Escolas de Samba Os amigos do Samba e Guia do Samba, sempre movimentados pelas Bandas Grupo da Terra, Delírius Elétrico, Maia, Nonato Silva e o Pagode Nova Geração, além de bandas de fora. Sem descanso para os brincantes o fechamento do carnaval rosariense acontece na quarta-feira de cinzas pelo Bloco das Carroças.
“Somos provenientes de um convívio social, onde cada um de nós, no seu devido quadrado, tem o seu valor na harmonia deste jogo de xadrez da vida.”
O tripé constitucional do poder brasileiro, que deveria harmonicamente promover no mínimo as políticas públicas básicas de saúde, educação e habitação; enquanto aprovam salários faraônicos para si e achatam o mínimo da grande massa brasileira; vão continuando contaminados pelo vírus do poderse achando a “rainha” deste jogo. Aí a política pública da cultura, em especial a do carnaval fica a cada ano com menos incentivos, eo que deveria ser uma manifestação folclórica que pudesse promover o “Lazer” com “Segurança” acabam promovendo o medo de muitos brincantes pelo elevado índice de criminalidade desta época.
Kalil Gibran Ascar Sauaia
Engenheiro Civil
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