Os professores de cursinho consideraram que a prova aplicada no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste sábado (22), mostrou uma evolução em relação aos anos anteriores. Eles destacaram que as provas de ciências da natureza e de ciências humanas apresentaram temas relevantes e cobrou mais conteúdo em relação a 2010.
Edmilson Motta, coordenador geral do Etapa, disse que o MEC trouxe um Enem mais aprimorado. “Houve uma evolução considerando os exames anteriores”, disse. Para Motta, a prova apresentou um aumento da exigência do conteúdo, mas o maior foco ainda estava no texto, que é parte decisiva do exame. “Sobre o grau de dificuldade não vejo nenhuma grande mudança em relação ao ano passado. É uma prova média que se dificulta mais pela extensão do que pelo nível das questões”, afirmou.
Luis Ricardo Arruda, coordenador geral do Anglo, afirmou que de modo geral, o Enem abordou temas relevantes, mas pecou com imprecisões em questões de biologia. “Em algumas perguntas [como a de número 52, da prova branca] o texto não dialoga com a pergunta, torna-se desnecessário o que atrapalha o candidato, já que o tempo é um fator relevante”, diz.
Segundo Arruda, a prova manteve o nível de dificuldade do ano passado, porém as perguntas de física e química estavam mais difíceis do que as do restante do exame.
A professora Vera Lúcia da Costa Antunes, do cursinho Objetivo, considerou a prova de ciências humanas mais fácil que nos anos anteriores e classificou as questões como “medianas a fáceis”. Vera Lúcia afirmou que algumas perguntas tinham enunciados desnecessários. A questão sobre a primavera árabe, segundo ela, é um exemplo de pergunta que exigia ler o texto, “porque a resposta era fácil. Só lendo o comando você tinha a resposta. O enunciado poderia ser menor”.
Eduardo Leão, professor de biologia do cursinho da Poli, afirmou que as questões específicas de física e química da prova de ciências da natureza do Enem 2011 foram bastante objetivas. “Infelizmente a mesma não aconteceu na parte biológica”, afirmou.
Segundo Leão, a questão sobre a imunização do vírus HPV é passível de anulação, pois poderia apresentar mais de uma possibilidade de resposta. “O enunciado estava extremamente claro, tão claro que permite que você escolha entre duas respostas”, afirmou. Segundo ele, os professores aguardarão o gabarito oficial antes de decidir se pedem pela anulação.
O professor de história do Cursinho da Poli, Elias de Amorim Junior, disse que a prova deste ano avançou em relação aos dois últimos anos, que tiveram problemas de precisão dos enunciados e questões ambíguas. Ele ressaltou, porém, que a impressão em preto e branco da prova não favoreceu questões que pediam análise de imagens.
André Marconi, professor de química do cursinho Soma, de Minas Gerais, achou a prova um pouco menos trabalhosa do que a prova anterior. “A facilidade ou dificuldade vai de cada aluno e suas aptidões, mas acho que ela foi de mais fácil compreensão do que no ano passado.”
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