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Câmara aprova aumento no número de vereadores em 2013

Mais quatro vagas nas próximas eleições de 2012!


Por Renato Waquim

Em votação realizada na noite desta segunda-feira (26), a Câmara Municipal de Rosário (MA), aprovou o aumento no número de vereadores da casa. A partir da próxima legislatura, em 2013, a cidade terá treze (13) vereadores como era até 2004, antes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a redução, sendo que hoje o número é de nove (9).

A votação transcorreu sem grandes problemas, apesar da presença de líderes comunitários contrários ao aumento no número. Foram seis votos a favor da mudança e apenas um contrário do vereador Willame Waquim Anceles (PSB). O vereador Sandro Marinho (DEM) não compareceu e segundo informações o mesmo sofreu um acidente de trânsito no dia anterior.

O parlamentar Jardson Rocha (PTB) credita o aumento ao crescimento no número de eleitores de Rosário. “É uma maneira de a cidade ficar melhor representada, já que após a chegada dos grandes empreendimentos a cidade voltou a crescer”, afirmou.

O vereasor Willame Anceles (PSB), que defendia o aumento apenas para 11 parlamentares, contestou a votação e lembrou que no passado ocorriam muitas brigas entre os treze vereadores. “O número atual já é suficiente para a representatividade, mas a democracia deve ser respeitada”, ponderou.

O salário pago hoje a um vereador da cidade é de aproximadamente R$ 4.000,00 (4 mil reais), mas com o aumento de vagas o valor vai cair.



1. O Princípio da anterioridade no Processo eleitoral
A nossa Carta Constitucional assim versa:
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 4, de 1993).
Da simples leitura do texto e das reiteradas decisões de nossa corte maior o STF conclui-se sem dificuldades que o mês de Setembro se constitui no limite para alterações que guardem relação com o pleito de 2012 (eleições municipais) e no caso de nossas atenções os Vereadores.

2. A Emenda constitucional 58/2009 tão debatida estabeleceu os seguintes parâmetros:
2.1. Número de Vereadores (Limite de Vereadores por habitantes)

N° de Vereadores (máximo)
Faixa populacional habitantes
9 (nove)Até 15.000
11 (onze)Mais de 15.000 até 30.000
13 (treze)Mais de 30.000 até 50.000
15 (quinze)Mais de 50.000 até 80.000
17 (dezessete)Mais de 80.000 até 120.000
19 (dezenove)Mais de 120.000 até 160.000
21 (vinte e um)Mais de 160.000 até 300.000
23 (vinte e três)Mais de 300.000 até 450.000
25 (vinte e cinco)Mais de 450.000 até 600.000
27 (vinte e sete)Mais de 600.000 até 750.000
29 (vinte e nove)Mais de 750.000 até 900.000
31 (trinta e um)Mais de 900.000 até 1.050.000
33 (trinta e três)Mais de 1.50.000 até 1.200.000
35 (trinta e cinco)Mais de 1.200.000 a 1.350.000
37 (trinta e sete)Mais de 1.350.000 até 1.500.000
39 (trinta e nove)Mais 1.500.000 até 1.800.000
41 (quarenta e um)Mais de 1.800.000 até 2.400.000
43 (quarenta e três)Mais de 2.400.000 até 3.000.000
45 (quarenta e cinco)Mais de 3.000.000 até 4.000.000
47 (quarenta e sete)Mais de 4.0000 até 5.000.000
49 (quarenta e nove)Mais de 5.000.000 até 6.000.000
51 (cinqüenta e um)Mais de 6.000.000 até 7.000.000
53 (cinqüenta e três)Mais de 7.000.000 até 8.000.000
55 (cinqüenta e cinco)
Mais de 8.000.000

2.2. Percentual sobre a receita do município (duodécimos)
% sobre as receitas (repasses)População habitantes
7% (sete)Até 100.000
6 % (seis)Entre 100.000 e 300.000
5 % (cinco)Entre 300.001 e 500.000
4,5 (quatro e meio)Entre 500.001 e 3.000.000
4 (quatro)Entre 3.000.001 e 8.000.000
3,5 (três e meio)Acima de 8.000.001

3. Conclusões
FALÁCIAS
3.1  Constitui-se em falácia os argumentos de que o aumento no número de vereadores causará aumento de despesa pública. Ora, os repasses de recursos às Casas legislativas não estão atrelados ao número de edis e sim à população do município conforme demonstrado no item 2.2 acima;
3.2  Não se nos afigura razoável entender  Imoral o aumento das vagas de Vereadores, pois este fato já está consentido (previsto) em nossa Constituição Federal e a Carta Magna não prevê imoralidades;

VERDADES
3.3  O aumento no número de edis não é obrigatório e sim uma prerrogativa do Poder Legislativo Municipal, porém dentro dos parâmetros constitucionais;
3.4   O prazo de Setembro de 2011 para as mudanças do número de cadeiras nas Câmaras é improrrogável e, se perdido,  somente poderá ser de novo restabelecido para a legislatura de 2017 a 2020;
3.5  Se os subsídios dos Vereadores já estiverem em seu conjunto alcançando o limite orçamentário, o limite dos 5% da receita municipal ou aquele dos 70% com folha de pagamento (limites previstos na Constituição Federal) ajustes terão que ser feitos, pois do contrário, problemas de natureza legal poderão atingir a gestão da Casa Legislativa Municipal ou submeter os Vereadores a subsídios em valores indesejados.
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1 comentários:

  1. Necó falou tanto em audiência pública, fez média contra o aumento total e votou defendendo o tatal de 13.


    Gabriela Sirqueira

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