Por Kalil Gibran Ascar Sauaia
Engenheiro Civil
kalilsauaia@hotmail.com
A temporada de caça começou. Não se trata do velho hábito de matar inocentes animais. Felizmente. A temporada que agora se inicia tem outro objetivo. Mais nobre. “Começou a temporada de caça ao voto.”
O voto distingue duplamente o cidadão. Torna-o participante ativo da vida pública e, a uma só vez, responsável pelos bons representantes. Votar não é tão-somente digitar alguns números em uma urna eletrônica. É praticar o ato democrático mais nobre que a democracia nos proporciona: Escolher entre vários candidatos o melhor.
Engenheiro Civil
kalilsauaia@hotmail.com
A temporada de caça começou. Não se trata do velho hábito de matar inocentes animais. Felizmente. A temporada que agora se inicia tem outro objetivo. Mais nobre. “Começou a temporada de caça ao voto.”
O voto distingue duplamente o cidadão. Torna-o participante ativo da vida pública e, a uma só vez, responsável pelos bons representantes. Votar não é tão-somente digitar alguns números em uma urna eletrônica. É praticar o ato democrático mais nobre que a democracia nos proporciona: Escolher entre vários candidatos o melhor.
O voto conferido com consciência pode levar o Estado a bons rumos. O voto aventureiro, dado por interesse e sem meditação conduz a coletividade ao sofrimento e à desesperança. Acaba por produzir parlamentos medíocres e executivos muitas vezes compostos por escroques.
A corrida pela conquista do voto começou. Os pré-candidatos a cargos eletivos já se movimentam. Aguardam as convenções partidárias. Os que buscam postos eletivos proporcionais criam pequenas esperanças, oferecem o céu na terra, se eleitos, no entanto, acabarão contando com um espaço bem pequeno para seus atos. Quase sempre condicionados à força das parcimônias do Executivo. Restam marginais.
Há exceções raras. Alguns parlamentares dedicam-se intensamente a boa consecução de seus mandatos. São poucos, mas existem aqueles que dignificam com respeito e atenção o voto que receberam.
É muito estimulante, é como acompanhar um jogo emocionante, a eleição exige atenção ainda maior da cidadania. Já é tempo de acompanharmos as explanações dos futuros candidatos. Alguns procuram se omitir. Parecem fantasmas. Estão sempre escondidos. Esperam os horários gratuitos do rádio e da televisão para aparecer e, em monólogos aborrecidos, apontam suas qualidades e suas vidas passadas. Outros, ao contrário, falam pelos cotovelos e agridem seus adversários com ou sem razão. São os boquirrotos. Respondem sem ser indagados. Encantam-se com suas próprias palavras.
A cidadania precisa ficar atenta. Seguir todos os candidatos a cargos majoritários ou proporcionais, para medir o comportamento. A retidão mental. A veracidade de suas posições.
A democracia, neste momento, expande-se por toda a parte, em cada canto de nossas vidas passamos a respirar política. Tudo parece possível e novo. Os marqueteiros desestabilizam o mercado eleitoral, fazem do ato cívico uma mera opção por um produto de aparência palatável. O conteúdo não importa. Vale a mera aparência. Este é o grande drama das modernas democracias. As idéias foram substituídas pelas formas. Tem mais possibilidade de vitória a boa aparência do que o bom caráter.
Vive-se há mais de vinte anos em uma democracia plena. A liberdade de expressão é ilimitada. O acesso aos meios de comunicação sem barreiras. O que falta, então, para se atingir uma democracia digna? O eleitor tomar consciência de sua importância. Deixar de acompanhar figuras meramente carismáticas ou produtos de sistemas oligárquicos de qualquer natureza. Não ao comprador de votos. Estes possuem passado duvidoso e formas vulgares de captar votos.
Parece ingenuidade de um utópico, mas não podemos continuar agindo da mesma maneira, Permitir que alguns candidatos operem como sempre o fizeram. Resta a esperança, esta que se consubstancia nos eleitores, únicos que poderão alterar os costume políticos e transformar uma democracia com pontos de fragilidade no melhor dos regimes.
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