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Enchentes fazem agricultores perderem casa e lavoura

POR GIL MARANHÃO (Colaboração)

A classe trabalhadora rural é um dos segmentos da sociedade mais afetado com as enchentes registradas no Estado do Maranhão nas últimas semanas. Milhares de agricultores familiares perderam roças de arroz maduro, no ponto de colheita - em decorrência da cheia de rios Mearim, Pindaré, Itapecuru, Parnaíba, Grajaú, Munim e dos igarapés e riachos que desembocam nesses mananciais.

Os trabalhadores rurais se queixam ainda da perda de plantações de mandioca, milho, feijão e legumes. Muitos plantam nos chamados 'baixões', que foram inundados nos últimos dias. E o que é mais grave: várias famílias de agricultores perderam suas casas e estão abrigados na sede dos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do seu município ou em casas de parentes e conhecidos.

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema) iniciou na semana passada - quando a situação começou a se agravar - um levantamento minucioso da situação de desabrigados no meio rural. O levantamento vem sendo feito junto aos Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais dos municípios maranhenses em que foi decretada situação de emergência. Segundo dados da Defesa Civil neste Estado, até ontem, 4, o número de vítimas das enchentes já passava de 82 mil. O número de desabrigados é de 11.918.

Apelo a Lula - O presidente da Fetaema, Francisco Sales de Oliveira, chegou a informar ao presidente Lula, sobre a situação dos rurais do Maranhão, na última quarta-feira, 29, quando da entrega da Pauta de Reivindicações do Grito da Terra Brasil 2009 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Chico Sales solicitou providências urgentes para as comunidades rurais atingidas pelas enchentes.

Segundo ele, a Fetaema vai entregar esta semana ofício ao governo do Estado solicitando que seja dada às famílias das comunidades rurais a mesma atenção que se vem dando às famílias do meio urbano e periférico dos municípios atingidos pelas enchentes.

A direção da Fetaema ainda não tem dados precisos de quantas famílias de agricultores estão desabrigadas ou perderam sua lavoura em decorrência das fortes chuvas que caem em todo o Maranhão desde o inicio de abril. Mas, assim que concluir o levantamento vai exigir do governo o envio de medicamentos e atendimento médico às crianças, jovens, mulheres e trabalhadores rurais da terceira idade, além de cestas básicas, assistência às famílias que perderam suas casas e a sua lavoura, melhorias das estradas de acesso aos povoados, recuperação de pontes e outros serviços básicos.

Alerta - "Chamamos a atenção para a gravidade da situação nas comunidades rurais do Maranhão, pois estão prevista mais chuvas para este mês de Maio. E quando os rios chegam a transbordar atinge também os igarapés, riachos, lagoas. Essas comunidades são construídas justamente à beira desses riachos e igarapés, nos baixões e nas encostas de chapadas e morros. Isso tudo é preocupante", alertou Chico Sales.

Dentre os municípios levantados pela Fetaema onde famílias de trabalhadores rurais estão desabrigadas e com perda de sua lavoura estão: Trizidela do Vale, Tufilândia, Marajá do Sena, Pedreiras, Bacabal, Peritoró, Santa Rita, Itapecuru-Mirim, São Luiz Gonzaga, Cajari, Presidente Vargas, Nina Rodrigues, Pindaré-Mirim, Arame, Lago da Pedra, Duque Bacelar, Codó, Coroatá, Dom Pedro, Timbiras, Rosário, Alto Alegre do Maranhão, Cantanhede e Igarapé Grande.
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