Depois de sete anos, o policial civil Félix do Sacramento Padilha foi a julgamento ontem e condenado a 20 anos e 6 meses de reclusão, sendo treze anos pelo assassinato da escrivã de polícia Aline Moreira Jacinto e 7 anos e 6 meses pela tentativa de homicídio contra José Calvet Neto, crimes ocorridos na noite de 18 de dezembro de 2001, no estacionamento do Uniceuma, no Renascença. Adiado seis vezes, o juiz Luiz Belchior chegou a nomear dois defensores públicos para atender o réu e decretou duas vezes a prisão do policial, a fim de garantir o julgamento.
Às 8h15, parentes e amigos de Aline Jacinto já se posicionavam em frente ao Fórum Desembargador Sarney Costa, no Jaracaty. Com faixas e camisas ilustradas com a foto de Aline Jacinto, os presentes exigiam Justiça. A mãe da vítima, Jucineide Jacinto, estava apreensiva quanto à não-realização do júri. “Isso já foi postergado seis vezes. O acusado ficou preso três anos e não houve empenho da Justiça em julgá-lo. Isso motivou uma série de habeas corpus e outros dispositivos legais em favor dele. A gente confia, desconfiando, na atuação da Justiça”, desabafou Jucineide Jacinto.
Momentos antes do início da sessão, uma surpresa: o advogado João Damasceno Moreira voltou atrás na decisão que tomou, em abandonar a defesa de Félix Padilha, e compareceu ao fórum. “Esgotei todos os meios legais para adiar esse julgamento. Como o Tribunal de Justiça não se sensibilizou, não vou deixar de defender o constituído, não vou fugir à responsabilidade. Assim, damos uma resposta à sociedade maranhense e à família de Aline Jacinto”, confirmou.
O advogado informou que uma de suas teses seria do “homicídio privilegiado”, praticado pelo autor, em razão de atentado contra sua honra, morte executada em razão de distúrbios emocionais e similares. Já o promotor Luís Carlos Duarte afirmou que se utilizaria do argumento do “homicídio qualificado, por motivo torpe”. Com o início da sessão, o réu entrou no salão do Júri e a vítima José Calvet Neto foi chamado para prestar depoimento, confirmando que Félix Padilha atirou primeiro contra ele e depois em Aline, na noite do crime.
Versões
José Calvet disse que namorou por um mês com Aline, logo após ela ter terminado o noivado com Félix Padilha. “Ela me disse que o Félix não desistiria fácil. Ele me ameaçou uma vez por telefone e eu terminei o namoro com ela. No dia do atentado, quando eu estava com ela, na condição de amigo e colega de curso, ele se aproximou e disse que nos mataria”, emendou Calvet Neto. Aline teria dito que estava grávida, e que o filho seria dele. “Em um certo período daquele mês, ela me falou que estava com sangramento e eu a aconselhei a ver um médico. Não sei se, quando ela morreu, ainda estava grávida”, finalizou.
Após a manifestação de testemunhas de defesa e acusação, o réu foi interrogado pelo juiz. Félix Padilha argumentou que não lembrava de ter atirado em Aline Jacinto, apenas em José da Silva Calvet Neto, por graves ofensas dirigidas a ele no momento do crime. Padilha alegou que Aline Jacinto mantinha um relacionamento amoroso paralelo com Calvet Neto, enquanto ainda era sua noiva.
“Quando ele soube que ela estava grávida, rejeitou-a e eu me propus a assumir a criança. Depois, ela voltou para ele. Foram muitos incidentes envolvendo nós três. Na noite do crime, combinei de sair com ela e encontrei o José Calvet Neto junto. Ele me ofendeu, perdi a cabeça e atirei”, confessou. No fim da tarde, promotor e advogado partiram para os debates, réplica e tréplica. O Conselho de Sentença se reuniu na sala secreta e determinou a sentença.
Às 8h15, parentes e amigos de Aline Jacinto já se posicionavam em frente ao Fórum Desembargador Sarney Costa, no Jaracaty. Com faixas e camisas ilustradas com a foto de Aline Jacinto, os presentes exigiam Justiça. A mãe da vítima, Jucineide Jacinto, estava apreensiva quanto à não-realização do júri. “Isso já foi postergado seis vezes. O acusado ficou preso três anos e não houve empenho da Justiça em julgá-lo. Isso motivou uma série de habeas corpus e outros dispositivos legais em favor dele. A gente confia, desconfiando, na atuação da Justiça”, desabafou Jucineide Jacinto.
Momentos antes do início da sessão, uma surpresa: o advogado João Damasceno Moreira voltou atrás na decisão que tomou, em abandonar a defesa de Félix Padilha, e compareceu ao fórum. “Esgotei todos os meios legais para adiar esse julgamento. Como o Tribunal de Justiça não se sensibilizou, não vou deixar de defender o constituído, não vou fugir à responsabilidade. Assim, damos uma resposta à sociedade maranhense e à família de Aline Jacinto”, confirmou.
O advogado informou que uma de suas teses seria do “homicídio privilegiado”, praticado pelo autor, em razão de atentado contra sua honra, morte executada em razão de distúrbios emocionais e similares. Já o promotor Luís Carlos Duarte afirmou que se utilizaria do argumento do “homicídio qualificado, por motivo torpe”. Com o início da sessão, o réu entrou no salão do Júri e a vítima José Calvet Neto foi chamado para prestar depoimento, confirmando que Félix Padilha atirou primeiro contra ele e depois em Aline, na noite do crime.
Versões
José Calvet disse que namorou por um mês com Aline, logo após ela ter terminado o noivado com Félix Padilha. “Ela me disse que o Félix não desistiria fácil. Ele me ameaçou uma vez por telefone e eu terminei o namoro com ela. No dia do atentado, quando eu estava com ela, na condição de amigo e colega de curso, ele se aproximou e disse que nos mataria”, emendou Calvet Neto. Aline teria dito que estava grávida, e que o filho seria dele. “Em um certo período daquele mês, ela me falou que estava com sangramento e eu a aconselhei a ver um médico. Não sei se, quando ela morreu, ainda estava grávida”, finalizou.
Após a manifestação de testemunhas de defesa e acusação, o réu foi interrogado pelo juiz. Félix Padilha argumentou que não lembrava de ter atirado em Aline Jacinto, apenas em José da Silva Calvet Neto, por graves ofensas dirigidas a ele no momento do crime. Padilha alegou que Aline Jacinto mantinha um relacionamento amoroso paralelo com Calvet Neto, enquanto ainda era sua noiva.
“Quando ele soube que ela estava grávida, rejeitou-a e eu me propus a assumir a criança. Depois, ela voltou para ele. Foram muitos incidentes envolvendo nós três. Na noite do crime, combinei de sair com ela e encontrei o José Calvet Neto junto. Ele me ofendeu, perdi a cabeça e atirei”, confessou. No fim da tarde, promotor e advogado partiram para os debates, réplica e tréplica. O Conselho de Sentença se reuniu na sala secreta e determinou a sentença.
0 comentários:
Postar um comentário
Blog de Notícias de Rosário e Região
Os comentários não representam a opinião deste blog, a responsabilidade é única e exclusiva dos autores das mensagens.