SÃO LUÍS - O PSTU enviou uma nota à imprensa na manhã desta quarta-feira justificando por que não irá apoiar nenhum candidato no segundo turno das eleições municipais na capital maranhense. De acordo com a nota, os dois candidatos, Flávio Dino (PCdoB) e João Castelo (PSDB), são representantes dos atuais sistemas de governo. O PSTU participou do primeiro turno na eleição para a Prefeitura de são Luís com Welbson Madeira, que obteve 1,05%, totalizando 5.135 votos.
Veja a nota na íntegra:
"AVALIAÇÕES E POSICIONAMENTO DO PSTU DIANTE DO RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM SÃO LUÍS DO DIA 5 DE OUTUBRO
Os resultados das eleições em todo o Brasil no último dia 5 de outubro mais uma vez confirmaram o acerto das avaliações do PSTU quanto ao significado dos processos eleitorais no capitalismo. Por trás de uma aparente democracia verifica-se um jogo com resultado previsível: como regra foram eleitos ou passaram para o segundo turno os que mais mentiram e abusaram do poder econômico. A legislação e a Justiça Eleitoral favorecem a manutenção da ordem atual e as prefeituras e câmaras de vereadores permanecerão à serviço das grandes empresas e oligarquias regionais. Continuaremos com ricos governando prioritariamente para os ricos.
Como também enfatizávamos em nossos últimos programas e entrevistas, a quase totalidade dos partidos que apresentaram candidatos só voltarão a se apresentar para a população nas próximas eleições e continuarão a defender reformas neoliberais que retiram direitos dos trabalhadores e precarizam ainda mais os serviços públicos.
Em São Luís, em particular, foram eleitos para a Câmara de Vereadores basicamente os que conseguiram comprar votos, de forma mais ou menos disfarçada. Obviamente defenderão os interesses de seus patrocinadores. Para a Prefeitura foram para o segundo turno dois candidatos com programas e práticas políticas bastante assemelhadas, que não merecem a confiança da classe trabalhadora e da juventude.
João Castelo, do velho PSDB do governo FHC, do sistema financeiro e das grandes multinacionais, já tem sua história conhecida por grande parte de nossa população. Iniciado na política através da oligarquia Sarney, quando governador biônico na época da ditadura militar foi truculento com a juventude que lutou pela meia passagem e com várias ocupações em São Luís. Por outro lado, favoreceu a instalação da ALUMAR e da VALE em São Luís, de forma absolutamente irresponsável e hoje essas duas empresas são altamente poluidoras e proprietárias de parte significativa das terras de nossa ilha. Em sua última participação em administração pública praticou nepotismo na EMAP de forma descarada.
Flávio Dino, por sua vez, há muito tempo enveredou pelas “práticas tradicionais da política brasileira”. Apresenta-se como novo mas foi eleito deputado federal basicamente a partir do apoio de velhas oligarquias regionais como a de Caxias e Tuntum, que continua a defender em seus pronunciamentos na Câmara dos Deputados. Como os políticos da “direita tradicional” também recebeu patrocínio de grandes empresas, a exemplo da CAEMI, do grupo VALE, que lhe doou R$ 100 mil. Seu partido, o PCdoB do peleguismo nos movimentos sindical e estudantil, esteve atrelado à família Sarney desde a década de 80 e participou do governo Roseana.
Ambos os candidatos que foram para o segundo turno em São Luís têm em comum um programa aplicado pelos governos do PSDB-DEM e pelo Governo Lula e participam do Governo Jackson Lago. De 2006 até o início do processo eleitoral de 2008 mantinham relações absolutamente amistosas e apresentavam-se como aliados políticos, mas agora tentam convencer a população que são diferentes.
O PSTU cumpriu um importante papel nestas eleições e alertou a população para a enganação dos candidatos do grupo Sarney e do grupo Jackson. Neste momento, ainda que possa ser incompreendido por muitas pessoas, tem coragem de dizer que os dois candidatos que foram para o segundo turno não representam uma alternativa no sentido de favorecer a maioria de nosso povo. Reafirma-se também enquanto oposição de esquerda aos governos Lula, Jackson e Tadeu Palácio, que têm discursos diferentes de suas práticas e privilegiam banqueiros e grandes empresas privadas.
Agora contribuiremos na construção da jornada de mobilizações do dia 16 de outubro, promovida pela Conlutas e outras entidades, apoiaremos a greve dos bancários, dos trabalhadores dos Correios e de outras categorias e continuaremos nossa luta contra a retirada de direitos, pela melhoria dos serviços públicos e por planos emergenciais de obras públicas para a maioria da população. Ou seja, em vez de apoiar alternativas burguesas nas eleições, investiremos na luta. Só a luta muda a vida!"
Veja a nota na íntegra:
"AVALIAÇÕES E POSICIONAMENTO DO PSTU DIANTE DO RESULTADO DAS ELEIÇÕES EM SÃO LUÍS DO DIA 5 DE OUTUBRO
Os resultados das eleições em todo o Brasil no último dia 5 de outubro mais uma vez confirmaram o acerto das avaliações do PSTU quanto ao significado dos processos eleitorais no capitalismo. Por trás de uma aparente democracia verifica-se um jogo com resultado previsível: como regra foram eleitos ou passaram para o segundo turno os que mais mentiram e abusaram do poder econômico. A legislação e a Justiça Eleitoral favorecem a manutenção da ordem atual e as prefeituras e câmaras de vereadores permanecerão à serviço das grandes empresas e oligarquias regionais. Continuaremos com ricos governando prioritariamente para os ricos.
Como também enfatizávamos em nossos últimos programas e entrevistas, a quase totalidade dos partidos que apresentaram candidatos só voltarão a se apresentar para a população nas próximas eleições e continuarão a defender reformas neoliberais que retiram direitos dos trabalhadores e precarizam ainda mais os serviços públicos.
Em São Luís, em particular, foram eleitos para a Câmara de Vereadores basicamente os que conseguiram comprar votos, de forma mais ou menos disfarçada. Obviamente defenderão os interesses de seus patrocinadores. Para a Prefeitura foram para o segundo turno dois candidatos com programas e práticas políticas bastante assemelhadas, que não merecem a confiança da classe trabalhadora e da juventude.
João Castelo, do velho PSDB do governo FHC, do sistema financeiro e das grandes multinacionais, já tem sua história conhecida por grande parte de nossa população. Iniciado na política através da oligarquia Sarney, quando governador biônico na época da ditadura militar foi truculento com a juventude que lutou pela meia passagem e com várias ocupações em São Luís. Por outro lado, favoreceu a instalação da ALUMAR e da VALE em São Luís, de forma absolutamente irresponsável e hoje essas duas empresas são altamente poluidoras e proprietárias de parte significativa das terras de nossa ilha. Em sua última participação em administração pública praticou nepotismo na EMAP de forma descarada.
Flávio Dino, por sua vez, há muito tempo enveredou pelas “práticas tradicionais da política brasileira”. Apresenta-se como novo mas foi eleito deputado federal basicamente a partir do apoio de velhas oligarquias regionais como a de Caxias e Tuntum, que continua a defender em seus pronunciamentos na Câmara dos Deputados. Como os políticos da “direita tradicional” também recebeu patrocínio de grandes empresas, a exemplo da CAEMI, do grupo VALE, que lhe doou R$ 100 mil. Seu partido, o PCdoB do peleguismo nos movimentos sindical e estudantil, esteve atrelado à família Sarney desde a década de 80 e participou do governo Roseana.
Ambos os candidatos que foram para o segundo turno em São Luís têm em comum um programa aplicado pelos governos do PSDB-DEM e pelo Governo Lula e participam do Governo Jackson Lago. De 2006 até o início do processo eleitoral de 2008 mantinham relações absolutamente amistosas e apresentavam-se como aliados políticos, mas agora tentam convencer a população que são diferentes.
O PSTU cumpriu um importante papel nestas eleições e alertou a população para a enganação dos candidatos do grupo Sarney e do grupo Jackson. Neste momento, ainda que possa ser incompreendido por muitas pessoas, tem coragem de dizer que os dois candidatos que foram para o segundo turno não representam uma alternativa no sentido de favorecer a maioria de nosso povo. Reafirma-se também enquanto oposição de esquerda aos governos Lula, Jackson e Tadeu Palácio, que têm discursos diferentes de suas práticas e privilegiam banqueiros e grandes empresas privadas.
Agora contribuiremos na construção da jornada de mobilizações do dia 16 de outubro, promovida pela Conlutas e outras entidades, apoiaremos a greve dos bancários, dos trabalhadores dos Correios e de outras categorias e continuaremos nossa luta contra a retirada de direitos, pela melhoria dos serviços públicos e por planos emergenciais de obras públicas para a maioria da população. Ou seja, em vez de apoiar alternativas burguesas nas eleições, investiremos na luta. Só a luta muda a vida!"
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