Foto: Arilson Texeira Em Rosário os caixas eletrônicos continuam sendo a saída para os clientes
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão, Raimundo Costa, a greve dos bancários deve ter adesão de 100% da categoria ainda hoje, 8, oitavo dia da paralisação. Isso porque o governo não teria apresentado nenhum sinal de negociação, e também porque a classe rejeitou as propostas da Fenaban e Banco do Brasil – consideradas um afronto contra os bancários. “O fim da greve não depende de negociação com governo. Mesmo assim ele continua sem apresentar propostas. O que resolve o impasse são as negociações com a Fenaban. Como não houve nenhuma proposta nova, além de um reajuste salarial de 7,5%, não há previsão para o fim da greve”, disse Raimundo Costa.
De acordo com o secretário de Comunicação do Sindicato dos Bancários, David Sá, as últimas reuniões aconteceram entre bancários e Banco do Brasil, quinta-feira passada, 2; e com a Caixa Econômica Federal, sexta-feira, 3. Em nenhuma delas houve conciliação. “O Banco do Brasil ofereceu participação nos lucros, porém, muito aquém do esperado por nossa classe. Para se ter uma idéia, o Banco do Brasil teve um aumento de 60% nos lucros este ano, em relação ao primeiro semestre do ano passado. É muita coisa. Então, não podemos aceitar qualquer proposta, já que temos dados e embasamento para lutar por nossos reais direitos”, explicou David.
Hoje é o oitavo dia de greve dos bancários em São Luís. Até o momento, já aderiram ao movimento: Brasília, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Goiás (CEF), Pará, Amapá, Baixada Fluminense (RJ), Bauru (SP) e Rio Grande do Sul (CEF). “Mas a partir de hoje, a paralisação deve ser nacional. Estamos contando com uma paralisação geral em todo o país. E a cada hora que passa temos a certeza de que somente a rejeição da proposta de 7,5% pode tornar possível uma negociação com banqueiros e governo. Vamos ver se hoje, com a paralisação no restante do Brasil, o governo sinalize e chame a categoria para negociar”, disse Raimundo Costa.
Enquanto a greve não acaba, a população tem se utilizado apenas dos caixas eletrônicos e casas lotéricas para resolver questões bancárias. Isso tem levado tanto as agências quanto as lotéricas, a trabalharem com superlotação. “No meu caso, os caixas eletrônicos não resolvem, pois eu não sei usá-los. Sou idosa, moro sozinha, e não tem ninguém para me ajudar. Se não fossem as lotéricas, eu teria que pagar juros por conta do atraso no pagamento das contas. O problema é que todo lugar que vou está lotado e eu começo a passar mal. Não vejo a hora dessa greve acabar”, lamentou a aposentada Irina de Jesus, 73 anos, cliente do Banco do Brasil.
LOCAIS QUE JÁ ADERIRAM À GREVE
Banco do Brasil – Todas as agências da capital estão fechadas. No interior: Santa Luzia, Paulo Ramos, Pindaré, Bacabal, Imperatriz, João Lisboa, Bom Jardim, Rosário, São José de Ribamar, São Mateus, Santa Helena, São Bento, Humberto de Campos, Caxias, Açailândia, Pinheiro, Codó, Santa Inês, Vitorino Freire, Barra do Corda e Lago da Pedra.
Caixa Econômica Federal – Codó, Bacabal, Paço do Lumiar, Balsas, Caxias, Imperatriz, Santa Inês, Pinheiro, Açailândia, Barra do Corda, Zé Doca e Presidente Dutra.
Banco do Nordeste – Bacabal, Zé Doca e Pinheiro.
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