Marco Túlio Cícero, o filósofo de Arpino, assassinado pelo centurião Herênio, a mando de seu inimigo político Marco Antônio, escreveu pelo menos 10 tratados que vão de Re Pública a De Legibus, além de quase 1000 cartas, dezenas de orações, tratados de retórica e as célebres Catilinárias.
Para muitos, entretanto, seu livro mais importante não é um Tratado Filosófico; é um discurso intitulado “Da Velhice e da Amizade”, no qual desenvolve a tese de que a arte de envelhecer é encontrar o prazer que todas as idades proporcionam, pois todas têm as suas virtudes.
Se aqui traduzirmos prazer por experiência política, a vantagem do candidato João Castelo sobre Flávio Dino, em matéria de visão administrativa, chega a ser desproporcional. Acumuladas todas as virtudes do candidato comunista, como suas passagens por entidades classistas do judiciário, ainda assim não há como disfarçar o seu noviciado político, acometido de todas as tensões dos dois primeiros anos de um primeiro mandato. Embora tendo sido juiz na esfera federal, se algum dia teve, perdeu por completo a imprescindível serenidade que deve nortear a postura de um magistrado.
Ao se contrapor como novidade política, sinal de mudanças nas estruturas de poder do Maranhão, Flávio Dino colecionou alguns erros e cometeu injustiças imperdoáveis, entre elas a de querer marcar a velhice como sinal de incapacidade. As pessoas – diz um provérbio popular – não ficam velhas. Os velhos são aqueles que pensam de forma limitada e têm medo do novo.
E está mais do que provado que, também politicamente, Castelo não tem medo do novo, nem teme enfrentar as estruturas carcomidas do Poder. Foi ele um dos primeiros políticos de sua geração a romper com o sarneyzismo e não hesitou, um momento sequer, em compor a Frente de Libertação do Maranhão que minou os alicerces da oligarquia que, hoje sem saída, aliou-se à candidatura de Flávio Dino.
“A experiência ensina muito mais que o conselho”, disse André Gidé. E a experiência de João Castelo é plena de realizações e ousadias administrativas que até seriam impensáveis no tempo em que governou o Estado, quando diagnosticou a realidade catastrófica, concebeu as soluções e fincou as bases consistentes para a construção de um Maranhão revigorado pelo desenvolvimento sustentável que sempre se desdobra em bem-estar social.
Por outro lado, politicamente, esvazia-se a tese idealizada por marqueteiros, segundo a qual “Flávio Dino representa a mudança”. Foi eleito deputado federal com votos esclarecidos, mas, também, com o apoio de coronéis suspeitos da política maranhense (em lugares onde ele jamais esteve) que nem em sonhos aceitariam os fundamentos socialistas que seriam defendidos por Dino e sua coligação PC do B/PT.
“Experiência não é o que acontece com você, mas o que você fez com o que lhe aconteceu”, repete a filosofia de Aldous Huxley. Castelo foi escolhido governador do Estado e governou para o povo, assim como faz Lula, nos dias de hoje.
Pensou na educação de qualidade para todos, especialmente para os jovens. Além de dezenas de escolas de primeiro e segundo graus, construiu a primeira Universidade Estadual do Maranhão – a UEMA;
Pensou em esporte e lazer. Voltado, ainda, para a juventude, no sentido de sua formação cidadã, contemplou-a com esporte e lazer diversificado, qualificado e democrático. Construiu um dos maiores complexos esportivos do Norte e Nordeste do Brasil, o Castelão, incluindo o estádio de futebol com capacidade para 80 mil pessoas;
Pensou na cultura. Criou a Secretaria de Estado da cultura;
Pensou em saúde. Com vistas ao atendimento das necessidades da população, com humanidade e decência, sobretudo os mais humildes, historicamente tratados como indigentes, construiu o primeiro hospital de urgência e emergência de São Luís, o Socorrão-1 e o Hospital do IPEM, ainda hoje o maior complexo hospitalar do Nordeste;
Pensou em água tratada. Como já foi dito e reiterado, a população de São Luís sofria severamente com a falta constante de água potável. Entrava governo e saia governo e as torneiras ficavam durante dias, semanas, meses e até anos enferrujando, sem uma gota d’água. Como o drama parecia insolúvel, a cidade foi tomada pelo desespero. O governador João Castelo construiu o Italuís, a partir do projeto de captação, tratamento e transposição de água do Rio Itapecuru para São Luís. Por conta desse que foi à época o maior empreendimento do gênero do Norte e Nordeste, São Luís, há quase trinta anos, é abastecida e nós bebemos água tratada. É óbvio que o projeto precisa ser ampliado para atender à demanda de uma capital que praticamente quadruplicou o número de habitantes.
Pensou em alimentação barata. Criou o Bom-Preço – o maior programa dessa natureza do País, reduzindo significativamente o preço dos produtos da cesta básica, destinado a todas as pessoas de baixa renda em São Luís;
Pensou no emprego. Além das dezenas de milhares de ocupações geradas pela construção civil no canteiro de obras em que São Luís se transformou, convocou para os quadros do Estado outros milhares de profissionais para atuar nas mais diversas áreas do serviço público;
Pensou na organização social. Estimulou a criação de várias associações e cooperativas vinculadas, de modo especial, à produção e/ou comercialização de vários segmentos econômicos, principalmente aqueles ligados ao setor primário, que remuneraram melhor o seu trabalho e prosperaram nos negócios. Têm-se como referências os que giravam em torno da Cobal. Quase todas foram ruíram pós-Castelo.
O 'COMUNISTA' PEGOU O BONDE ERRADO
O representante do PC do B/PT abraçou com unhas e dentes a idéia de que eleição é guerra e o que importa é vencer. Sem contar o fabuloso suporte econômico – visivelmente demonstrado na campanha do candidato –, com inúmeros carros de som e muita gente embandeirada e paga nos retornos e ruas de São Luís, que nada tem a ver com as estruturas financeiras dos partidos que representa. Nada de mais, se não fosse a hipocrisia de se tentar vender a imagem de falta de dinheiro, quase de pobreza franciscana, de uma campanha milionária.
E de onde viriam tão fartos recursos? Seriam as mesmas fontes que financiaram a campanha de Roseana, em 2006, entre as quais grandes empresas privadas e algumas com participação acionária do Estado, na esfera federal, que têm ligações com o senador Sarney? O certo é que, com toda a dinheirama e com o apoio do presidente Lula (que subiu no palanque em Timon, para pedir votos para a filha de Sarney, ela perdeu feio. Mas, mesmo com a sua candidata derrotada, o presidente não discriminou o Maranhão. Pelo contrário, está investindo no Estado e prestigiando os importantes projetos do governo Jackson Lago. Será da mesma maneira no governo de Castelo, em São Luis.
Pela agressividade que vem imprimindo à sua propaganda eleitoral, optando pelo plano rasteiro das ofensas à pessoa do adversário e de sua família, fica claro que está bem longe de adquirir o cacife necessário para dirigir uma cidade abandonada há vários meses pelo poder público municipal. Talvez por ser marinheiro de primeira viagem, decidiu seguir a trilha de quem já enfrentou batalhas infinitamente mais aguerridas, ou seja, uma petista vitoriosa, mas em outros tempos e circunstâncias. Ainda assim, entrou na onda da Marta Suplicy, que pretende retornar à prefeitura de São Paulo.
Ambos, dizendo-se éticos na política e exigindo campanhas de alto nível, sem a menor cerimônia, segundos adiante, resvalam nos ataques desprezíveis contra os seus adversários. Ela, a experiente, antiga aliada de Lula, apavorada diante do iminente fim de carreira, não poupa sequer a honra do candidato à reeleição da capital paulista, Gilberto Kassab, do DEM, apoiado pelo governador José Serra. Ele, o noviço, também aliado do presidente, tropeça na largada, quando massacra o opositor, Castelo, apoiado por imensa maioria dos líderes da Frente de Libertação do Maranhão, imputando-lhe falsas acusações (onde andam a formação e a experiência do magistrado?).
Os dois despencaram nas pesquisas de intenção de votos. Não poderia ser diferente. Os tempos e as circunstâncias são outros! Passaram-se 18 anos daquele acontecimento de triste memória, em que o falso “caçador de marajás”, o aventureiro Fernando Collor de Melo, apoiado pela Rede Globo, com trapaças sórdidas, conseguiu macular a honra do maior líder operário das Américas, grande expressão da resistência democrática no Brasil: Luiz Inácio Lula da Silva – o Lula – e subtrair-lhe a eleição.
A título de ilustração, no Rio de Janeiro, o surpreendente desempenho de Fernando Gabeira (PV) tirou igualmente do sério o peemedebista Eduardo Paes, também apoiado por Lula e pelo governador Sérgio Cabral (PMDB). Porém, é mesmo Marta que conduz e Flávio pegou o bonde errado. Para a Marta, parece uma situação de desespero extremo, com o ocaso político batendo-lhe à porta. Em relação a Flávio Dino, o bom senso indica que ele deve mudar urgentemente de postura.
Espelhar-se, sim, na história política de Lula que, com humildade, trabalho determinado e persistente, depois de perder três eleições consecutivas, hoje é o Chefe de Estado da maior Nação da América do Sul. É o presidente reeleito de todos os brasileiros, independente de classe social, credo, raça, partido e ideologias. Tanto dos mais humildes, quanto das elites empedernidas e, quase sempre, plenas em egoísmo.
Flávio Dino, se quiser alçar vôos mais altos, deve abandonar a arrogância do “doutor sabe-tudo”, a vaidade exacerbada e o egocentrismo. Como fazê-lo? Consulte o amigo Lula, o mestre do carisma que se identifica com o povo como ninguém. Se ficar na Frente de Libertação e estiver decidido a aprender como se constroem os caminhos da Política, com “P” maiúsculo, pode recorrer, aqui mesmo no Estado, por exemplo, a dois protagonistas de grandes e memoráveis lutas democráticas e populares: o governador Jackson Lago e o ex-governador e futuro prefeito de São Luís, João Castelo.
Castelo, por um tempo, saiu do centro do poder enquanto Sarney continuou mandando no Estado. Porém, jamais foi afastado do coração do povo. Fez, portanto, o que tinha de fazer com o que lhe aconteceu. Por isso, o povo, o dono do voto, fonte do poder, vencerá as eleições de domingo, confiando a Castelo o mandato, certo de que ele honrará os compromissos assumidos, transformando a realidade caótica estabelecida na cidade e as provações que estão sendo impostas aos são-luisenses, em uma nova experiência de dignidade resgatada no presente, garantindo um futuro promissor.
O povo de São Luís merece. Além de generoso, honesto e trabalhador, como todos os brasileiros paga uma carga tributária astronômica – a maior do Mundo – e não vê esse suado dinheiro retornar na forma de obras públicas que são reclamadas com a maior legitimidade e justiça.
Com Castelo, o retorno do dinheiro do contribuinte será perceptível aos olhos de todos. Porque foi assim, quando ele governou o Maranhão. E assim será quando ele governar São Luís. Agora vai!
(Com a participação de J.M Cunha Santos).
(othelinofilho@yahoo.com.br)
(othelinoneto@yahoo.com.br)
Para muitos, entretanto, seu livro mais importante não é um Tratado Filosófico; é um discurso intitulado “Da Velhice e da Amizade”, no qual desenvolve a tese de que a arte de envelhecer é encontrar o prazer que todas as idades proporcionam, pois todas têm as suas virtudes.
Se aqui traduzirmos prazer por experiência política, a vantagem do candidato João Castelo sobre Flávio Dino, em matéria de visão administrativa, chega a ser desproporcional. Acumuladas todas as virtudes do candidato comunista, como suas passagens por entidades classistas do judiciário, ainda assim não há como disfarçar o seu noviciado político, acometido de todas as tensões dos dois primeiros anos de um primeiro mandato. Embora tendo sido juiz na esfera federal, se algum dia teve, perdeu por completo a imprescindível serenidade que deve nortear a postura de um magistrado.
Ao se contrapor como novidade política, sinal de mudanças nas estruturas de poder do Maranhão, Flávio Dino colecionou alguns erros e cometeu injustiças imperdoáveis, entre elas a de querer marcar a velhice como sinal de incapacidade. As pessoas – diz um provérbio popular – não ficam velhas. Os velhos são aqueles que pensam de forma limitada e têm medo do novo.
E está mais do que provado que, também politicamente, Castelo não tem medo do novo, nem teme enfrentar as estruturas carcomidas do Poder. Foi ele um dos primeiros políticos de sua geração a romper com o sarneyzismo e não hesitou, um momento sequer, em compor a Frente de Libertação do Maranhão que minou os alicerces da oligarquia que, hoje sem saída, aliou-se à candidatura de Flávio Dino.
“A experiência ensina muito mais que o conselho”, disse André Gidé. E a experiência de João Castelo é plena de realizações e ousadias administrativas que até seriam impensáveis no tempo em que governou o Estado, quando diagnosticou a realidade catastrófica, concebeu as soluções e fincou as bases consistentes para a construção de um Maranhão revigorado pelo desenvolvimento sustentável que sempre se desdobra em bem-estar social.
Por outro lado, politicamente, esvazia-se a tese idealizada por marqueteiros, segundo a qual “Flávio Dino representa a mudança”. Foi eleito deputado federal com votos esclarecidos, mas, também, com o apoio de coronéis suspeitos da política maranhense (em lugares onde ele jamais esteve) que nem em sonhos aceitariam os fundamentos socialistas que seriam defendidos por Dino e sua coligação PC do B/PT.
“Experiência não é o que acontece com você, mas o que você fez com o que lhe aconteceu”, repete a filosofia de Aldous Huxley. Castelo foi escolhido governador do Estado e governou para o povo, assim como faz Lula, nos dias de hoje.
Pensou na educação de qualidade para todos, especialmente para os jovens. Além de dezenas de escolas de primeiro e segundo graus, construiu a primeira Universidade Estadual do Maranhão – a UEMA;
Pensou em esporte e lazer. Voltado, ainda, para a juventude, no sentido de sua formação cidadã, contemplou-a com esporte e lazer diversificado, qualificado e democrático. Construiu um dos maiores complexos esportivos do Norte e Nordeste do Brasil, o Castelão, incluindo o estádio de futebol com capacidade para 80 mil pessoas;
Pensou na cultura. Criou a Secretaria de Estado da cultura;
Pensou em saúde. Com vistas ao atendimento das necessidades da população, com humanidade e decência, sobretudo os mais humildes, historicamente tratados como indigentes, construiu o primeiro hospital de urgência e emergência de São Luís, o Socorrão-1 e o Hospital do IPEM, ainda hoje o maior complexo hospitalar do Nordeste;
Pensou em água tratada. Como já foi dito e reiterado, a população de São Luís sofria severamente com a falta constante de água potável. Entrava governo e saia governo e as torneiras ficavam durante dias, semanas, meses e até anos enferrujando, sem uma gota d’água. Como o drama parecia insolúvel, a cidade foi tomada pelo desespero. O governador João Castelo construiu o Italuís, a partir do projeto de captação, tratamento e transposição de água do Rio Itapecuru para São Luís. Por conta desse que foi à época o maior empreendimento do gênero do Norte e Nordeste, São Luís, há quase trinta anos, é abastecida e nós bebemos água tratada. É óbvio que o projeto precisa ser ampliado para atender à demanda de uma capital que praticamente quadruplicou o número de habitantes.
Pensou em alimentação barata. Criou o Bom-Preço – o maior programa dessa natureza do País, reduzindo significativamente o preço dos produtos da cesta básica, destinado a todas as pessoas de baixa renda em São Luís;
Pensou no emprego. Além das dezenas de milhares de ocupações geradas pela construção civil no canteiro de obras em que São Luís se transformou, convocou para os quadros do Estado outros milhares de profissionais para atuar nas mais diversas áreas do serviço público;
Pensou na organização social. Estimulou a criação de várias associações e cooperativas vinculadas, de modo especial, à produção e/ou comercialização de vários segmentos econômicos, principalmente aqueles ligados ao setor primário, que remuneraram melhor o seu trabalho e prosperaram nos negócios. Têm-se como referências os que giravam em torno da Cobal. Quase todas foram ruíram pós-Castelo.
O 'COMUNISTA' PEGOU O BONDE ERRADO
O representante do PC do B/PT abraçou com unhas e dentes a idéia de que eleição é guerra e o que importa é vencer. Sem contar o fabuloso suporte econômico – visivelmente demonstrado na campanha do candidato –, com inúmeros carros de som e muita gente embandeirada e paga nos retornos e ruas de São Luís, que nada tem a ver com as estruturas financeiras dos partidos que representa. Nada de mais, se não fosse a hipocrisia de se tentar vender a imagem de falta de dinheiro, quase de pobreza franciscana, de uma campanha milionária.
E de onde viriam tão fartos recursos? Seriam as mesmas fontes que financiaram a campanha de Roseana, em 2006, entre as quais grandes empresas privadas e algumas com participação acionária do Estado, na esfera federal, que têm ligações com o senador Sarney? O certo é que, com toda a dinheirama e com o apoio do presidente Lula (que subiu no palanque em Timon, para pedir votos para a filha de Sarney, ela perdeu feio. Mas, mesmo com a sua candidata derrotada, o presidente não discriminou o Maranhão. Pelo contrário, está investindo no Estado e prestigiando os importantes projetos do governo Jackson Lago. Será da mesma maneira no governo de Castelo, em São Luis.
Pela agressividade que vem imprimindo à sua propaganda eleitoral, optando pelo plano rasteiro das ofensas à pessoa do adversário e de sua família, fica claro que está bem longe de adquirir o cacife necessário para dirigir uma cidade abandonada há vários meses pelo poder público municipal. Talvez por ser marinheiro de primeira viagem, decidiu seguir a trilha de quem já enfrentou batalhas infinitamente mais aguerridas, ou seja, uma petista vitoriosa, mas em outros tempos e circunstâncias. Ainda assim, entrou na onda da Marta Suplicy, que pretende retornar à prefeitura de São Paulo.
Ambos, dizendo-se éticos na política e exigindo campanhas de alto nível, sem a menor cerimônia, segundos adiante, resvalam nos ataques desprezíveis contra os seus adversários. Ela, a experiente, antiga aliada de Lula, apavorada diante do iminente fim de carreira, não poupa sequer a honra do candidato à reeleição da capital paulista, Gilberto Kassab, do DEM, apoiado pelo governador José Serra. Ele, o noviço, também aliado do presidente, tropeça na largada, quando massacra o opositor, Castelo, apoiado por imensa maioria dos líderes da Frente de Libertação do Maranhão, imputando-lhe falsas acusações (onde andam a formação e a experiência do magistrado?).
Os dois despencaram nas pesquisas de intenção de votos. Não poderia ser diferente. Os tempos e as circunstâncias são outros! Passaram-se 18 anos daquele acontecimento de triste memória, em que o falso “caçador de marajás”, o aventureiro Fernando Collor de Melo, apoiado pela Rede Globo, com trapaças sórdidas, conseguiu macular a honra do maior líder operário das Américas, grande expressão da resistência democrática no Brasil: Luiz Inácio Lula da Silva – o Lula – e subtrair-lhe a eleição.
A título de ilustração, no Rio de Janeiro, o surpreendente desempenho de Fernando Gabeira (PV) tirou igualmente do sério o peemedebista Eduardo Paes, também apoiado por Lula e pelo governador Sérgio Cabral (PMDB). Porém, é mesmo Marta que conduz e Flávio pegou o bonde errado. Para a Marta, parece uma situação de desespero extremo, com o ocaso político batendo-lhe à porta. Em relação a Flávio Dino, o bom senso indica que ele deve mudar urgentemente de postura.
Espelhar-se, sim, na história política de Lula que, com humildade, trabalho determinado e persistente, depois de perder três eleições consecutivas, hoje é o Chefe de Estado da maior Nação da América do Sul. É o presidente reeleito de todos os brasileiros, independente de classe social, credo, raça, partido e ideologias. Tanto dos mais humildes, quanto das elites empedernidas e, quase sempre, plenas em egoísmo.
Flávio Dino, se quiser alçar vôos mais altos, deve abandonar a arrogância do “doutor sabe-tudo”, a vaidade exacerbada e o egocentrismo. Como fazê-lo? Consulte o amigo Lula, o mestre do carisma que se identifica com o povo como ninguém. Se ficar na Frente de Libertação e estiver decidido a aprender como se constroem os caminhos da Política, com “P” maiúsculo, pode recorrer, aqui mesmo no Estado, por exemplo, a dois protagonistas de grandes e memoráveis lutas democráticas e populares: o governador Jackson Lago e o ex-governador e futuro prefeito de São Luís, João Castelo.
Castelo, por um tempo, saiu do centro do poder enquanto Sarney continuou mandando no Estado. Porém, jamais foi afastado do coração do povo. Fez, portanto, o que tinha de fazer com o que lhe aconteceu. Por isso, o povo, o dono do voto, fonte do poder, vencerá as eleições de domingo, confiando a Castelo o mandato, certo de que ele honrará os compromissos assumidos, transformando a realidade caótica estabelecida na cidade e as provações que estão sendo impostas aos são-luisenses, em uma nova experiência de dignidade resgatada no presente, garantindo um futuro promissor.
O povo de São Luís merece. Além de generoso, honesto e trabalhador, como todos os brasileiros paga uma carga tributária astronômica – a maior do Mundo – e não vê esse suado dinheiro retornar na forma de obras públicas que são reclamadas com a maior legitimidade e justiça.
Com Castelo, o retorno do dinheiro do contribuinte será perceptível aos olhos de todos. Porque foi assim, quando ele governou o Maranhão. E assim será quando ele governar São Luís. Agora vai!
(Com a participação de J.M Cunha Santos).
(othelinofilho@yahoo.com.br)
(othelinoneto@yahoo.com.br)
Fonte: Jornal Pequeno (Coluna do Othelino).
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