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Sarney critica ameaça de guerra na América Latina


O ex-presidente do Brasil, ex-dono do Maranhão e senador José Sarney (PMDB-AP) usou hoje a tribuna do Senado para criticar a postura ofensiva do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na crise diplomática gerada pela morte de Raúl Reys, líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em operação do governo colombiano na fronteira com o Equador, na madrugada do último sábado (1º).

Chávez acusou o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, de "criminoso" e enviou tropas à fronteira da Venezuela com aquele país, sob a ameaça de deflagração de guerra. José Sarney destacou que há tempos vem se manifestando sobre as providências tomadas pela Venezuela junto a países como a Rússia, no sentido de se tornar uma potência militar na América do Sul.

“Quando Chávez tomou a decisão de usar os recursos da Venezuela para tornar o país uma potência militar, eu disse que seria um perigo. A sedução da força nunca leva a bons resultados”, observou o parlamentar.

De acordo com Sarney, que citou informações divulgadas pela imprensa, Chávez investiu nos últimos anos cerca de US$ 7,1 bilhões em pistolas, radares de defesa aérea, helicópteros, caças, barcos, submarinos, munição etc. O presidente venezuelano também teria adquirido o direito de produção de diversas armas.

“Somos um continente pacífico. Que necessidade tem um país de armar-se dessa forma? Contra quem? É uma ameaça à estabilidade do nosso continente”, disse ele. O senador conclamou o governo brasileiro a assumir seu papel de pilar da defesa da paz na América do Sul. “Não temos essa tradição do apelo às armas para solucionar nossos conflitos. Temos que nos unir e dizer que não podemos admitir que esse tipo de sentimento exista no continente”, frisou.

(Com informações da Agência Senado)
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