PEDRO HENRIQUE FREIRE (COLABORAÇÃO)
BRASÍLIA – Enfim, o projeto de duplicação da BR-135, na saída de São Luís, poderá ser elaborado. O Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (Dnit) autorizou a superintendência nacional do órgão a abrir licitação para que empresas apresentem seus projetos. O Dnit está disposto a gastar R$ 2,7 milhões nessa etapa, que deve durar entre 60 e 90 dias.
A BR-135 é uma das rodovias mais perigosas do estado. Lá, nove pessoas morreram mês passado, em acidente de carro. Após a tragédia, deputados pressionaram o Dnit a dar andamento no processo, o que ajudou na sua aprovação. Mas, segundo o superintendente do órgão no Maranhão, Gerardo de Freitas Fernandes, a obra não deve começar rapidamente. “Acredito que, como é um projeto meio complicado, deve ser iniciada em 2009”, diz.
Freitas esteve em Brasília na quinta-feira e conversou com técnicos do Dnit. Ainda será preciso fazer alguns ajustes na autorização para só depois ser enviada ao Maranhão. Isso, segundo ele, deverá ocorrer até a próxima sexta. A partir daí, poderá ser iniciada a licitação.
Toda a obra será feita com verba da União. Para este ano, o Orçamento reserva R$ 18 milhões para a duplicação. Mas é pouco, segundo o superintendente. “O valor total será, pelo menos, dez vezes maior que esse”, diz.
Quanto custará exatamente só se saberá após elaboração do projeto. Mas já há um estudo prévio que define três etapas para a duplicação. A primeira será a construção de nova pista no trecho que vai de Estreito a Bacabeira. A segunda segue de Bacabeira a Entroncamento (Itapecuru) e de lá para Miranda do Norte.
Segundo Freitas, é mais urgente que se comece a duplicação pelo Campo de Perizes, pois é lá onde ocorreu o maior número de acidentes fatais e, atualmente, há intenso tráfego de carros. “São Luís só tem essa entrada. Como não é duplicada, afunila o trânsito e provoca engarrafamentos. Nos últimos anos tivemos um aumento brutal no fluxo de veículos. No horário de pico há engarrafamento de até 20 quilômetros”, diz.
Para Freitas, além de desafogar o trânsito da entrada da ilha, vai melhorar o abastecimento do Porto do Itaqui e o deslocamento para os Lençóis Maranhenses.
Nesse trecho, no entanto, há um complicador. A via atual não tem acostamento e está localizada entre uma estrada de ferro e a adutora do Italuís. Os técnicos ainda não têm idéia onde será construída a nova pista. Gerardo acredita, no entanto, que a visa ficará entre as duas estradas de ferro. “Teremos a construção de uma nova adutora, o que impossibilita a expansão para lá. Portanto, há grandes chances de ser entre as duas ferrovias. Mas se uma delas ficar no meio, só o projeto dirá”, comenta.
O deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA) comemorou a autorização. Ele foi um dos parlamentares que pressionou o Dnit no plenário da Câmara pela liberação. “Acredito que agora o processo destravou porque permite se fazer o projeto. Sem projeto não se faz nada”, afirma ele, que também é engenheiro.
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