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Operação Rapina: Relatório revela detalhes do esquema


Relatório da Polícia Federal (PF) sobre a “Operação Rapina”, ao qual o blog do jornalista Décio Sá teve acesso, mostra que as investigações começaram com uma auditoria feita pelo TCU no município de Arame quando detectou-se fraude na merenda escolar e fortes indícios de desvios de recursos federais.

Constatou-se um esquema parecido em Paulino Neves, Buriti, Vitorino Freire e Trizidela do Vale, todas eles utilizando notas frias praticamente das mesmas empresas para justificar gastos.

A partir daí o juiz federal Ney Bello autorizou a quebra do sigilo telefônico da Eplan/Ecoplan, de propriedade do empresário Waldely Leite de Moraes, cabeça do esquema junto com o filho Luciano Moraes, e José de Ribamar Romão Borges, dono da Conpub, responsável pela montagem dos processos fraudulentos.

Segundo a PF, Romão tinha um software só para produzir essas fraudes. Esse software criava a documentação necessária para a montagem das licitações. A quadrilha fraudava até o “Diário Oficial” com objetivo de criar processos licitatórios forjados.

Mais de 300 empresas de fachadas participavam do esquema, mas a PF priorizou algumas para facilitar o trabalho. O restante será investigada num procedimento próprio. Alguns membros da quadrilha usam de várias artimanhas para citar o recebimento de propina. Entre os termos utilizados estão “espigas de milho” e “manga” (dinheiro).

Ao saber de que a Controladoria Geral da União (CGU) faria algumas fiscalizações, os membros da quadrilha se antecipavam e ofereciam seus serviços aos prefeitos para amenizar a possível comprovação de irregularidades “produzindo” prestações de contas fajutas.

“Interessante aventar a maneira execrável utilizada por Seleucia Oliveira Rodrigues (dona da empresa Astecon) para induzir as crianças a afirmarem que receberam merenda escolar, assegurando àquelas crianças, que caso não mintam, nunca mais irão receber merenda, podendo a CGU, inclusive, fechar as escolas impedindo que as crianças voltem a estudar”, diz o relatório.

Nos interrogatórios dos presos, a PF quis saber sobre um possível relacionamento extraconjugal entre um empresário e uma funcionária de um escritório. A prefeita Sônia Campos, a Soninha (Axixá), pagava despesas pessoais, como contas de telefone, com dinheiro do esquema. Para tanto, mandava providenciar notas ou recibos fiscais que cobrissem tais gastos, revela o documento.

Fonte: Blog de Décio Sá.
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