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Vergonha Nacional: A vitrine de Roseana

Em discurso, ontem, na Assembléia, o deputado Pavão Filho informou que está protocolando Indicação na qual indagará a ex-governadores, representantes de entidades das classes trabalhadora e empresarial, deputados federais, igrejas etc., por que o Maranhão tem os piores indicadores sociais do país.

Em fevereiro de 2002, quando Roseana deixava o Governo, o jornal Correio Braziliense publicava: “Os indicadores sociais fazem do Maranhão uma vitrine ao avesso para a campanha de Roseana Sarney”.

A matéria registrava o Maranhão concentrando a maior taxa de analfabetismo da região Nordeste com uma média que chegava ao dobro da média nacional. Tinha a pior taxa de escolaridade média e o mais baixo percentual de pessoas que chegavam até o ensino superior.

Registrava um altíssimo déficit educacional de gerações passadas e afirmava: “o conjunto resulta na ausência de uma elite capaz de reverter o atraso do Maranhão em relação ao resto do país”. “O que mais preocupa lá é a drenagem de cérebros”, dizia Ricardo Paes de Barros, diretor de Estudos Sociais do IPEA e coordenador da pesquisa sobre pobreza e indicadores sociais no Maranhão.

Era muito pequeno o número de pessoas com educação superior e a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios indicava que apenas 3% dos maranhenses tinham mais de 12 anos de escolaridade, quando no sistema educacional brasileiro o ensino superior só pode ser iniciado depois de 11 anos na escola.

No que tange à educação básica, Paes de Barros disse que mantido o ritmo do governo Roseana, o Maranhão levaria 15 anos ou mais para alcançar os níveis de educação primária e secundária de Santa Catarina.

Ricardo Paes de Barros é um dos maiores especialistas brasileiros em pobreza e se considerava à época, amigo de Roseana.

Estudos do professor José de Jesus Sousa Lemos, ex-secretário da Agricultura do Estado, (Mapa da exclusão social no Brasil: radiografia de um país assimetricamente pobre) sobre a evolução dos indicadores sociais no Maranhão entre 2001 (quando Roseana ainda governava) e 2005 mostram bem os disparates do sarneisismo. Em 2001, 55,30% dos maranhenses sofriam com a privação de água. Em 2005, este número estava reduzido para 38,70%. Em 2001, 62,61% não tinham acesso a água nem esgotamento sanitário ou fossa rústica. Em 2005, já eram 50,50%; 52,14% da população sobrevivia em domicílios sem acesso a coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente. Em 2005, o percentual era de 40,52%. Em 2001, 22,77% da população maior de 10 anos era analfabeta ou tinha cursado no máximo um ano de escola. Em 2005, este número foi reduzido para 21,18%. Em 2001, 55, 56% da população sobrevivia em domicílios cuja renda variava de zero a no máximo dois salários mínimos. Em 2005 este número havia subido para 58,00%. Mesmo assim, em 2005 o Índice de Exclusão Social estava reduzido de 42,98% para 37,41%.

É provável que a resposta para a pergunta de Pavão Filho já tenha sido dada por Ricardo Paes Barros: o sarneisismo drenou os cérebros da maioria dos maranhenses.



Com informações do Jornal Pequeno.
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